quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Homem transgênero faz história no Equador com sua gravidez

Para os preconceituosos de plantão babarem de ódio.
Publicado no site Yahoo:
Fernando Machado e Diane Rodriguez anunciaram sua gravidez nas redes sociais no início deste mês. Acredita-se que esta é a primeira gestação desse tipo a ocorrer na América do Sul, e o acontecimento tem recebido atenção generalizada nesse continente que recentemente vivenciou uma explosão repentina nos direitos e visibilidade das pessoas transgênero.
Diane, cujo nome de nascença é Luis, é uma das ativistas mais proeminentes do movimento LGBT no Equador. Ela diz que ela e seu parceiro venezuelano, cujo nome de batismo era Maria, decidiram divulgar a gravidez para ajudar a mudar a atitude da sociedade ferrenhamente católica apostólica romana. Embora ambos façam uso de hormônios, nenhum deles foi submetido à cirurgia de mudança de sexo, então o futuro filho do casal foi concebido à moda antiga, sem complicações médicas conhecidas até o momento.
“Estamos tentando acabar com os mitos sobre transexualidade”, disse Diane à Associated Press.
Até agora, os líderes religiosos permaneceram em silêncio, o que, segundo Diane, os surpreendeu e agradou.
“A igreja está sempre criticando os gays e homossexuais por adotarem crianças, por isso seria uma contradição nos criticar por darmos à luz naturalmente”, disse ela de sua casa em Guayaquil.
A comunidade transgênero tem feito grandes avanços em toda a América do Sul. Há seis meses, o presidente colombiano Juan Manuel Santos emitiu um decreto permitindo que as pessoas mudassem seu gênero nos documentos de identificação nacionais com uma simples ida ao cartório. Até o momento, pelo menos 340 pessoas fizeram essa alteração.
A Argentina foi ainda mais longe na legislação, garantindo o tratamento hormonal gratuito e a cirurgia de mudança de sexo.
No entanto, os transgêneros ainda enfrentam discriminação generalizada na região. Entre 2008 e 2011, 79% dos assassinatos relatados de pessoas transgênero em todo o mundo ocorreram na América Latina, com um total de 664 casos, de acordo com um estudo realizado pela Aliança Internacional contra a AIDS.

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