No acordo de delação premiada firmado com a Procuradoria-Geral da República, anunciado nesta sexta-feira 5, os executivos Otávio Azevedo e Elton Negrão, presidente e diretor da Andrade Gutierrez, respectivamente, não irão envolver o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG).
A partir do acordo assinado com a força-tarefa da Operação Lava Jato, os executivos ganharam autorização do juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da investigação, para cumprir prisão domiciliar sob monitoramento de tornozeleira eletrônica. O acordo ainda precisa ser homologado pelo Supremo Tribunal Federal.
Os executivos da Andrade Gutierrez se comprometeram a falar a respeito de pedidos de doações para a campanha de 2014 da presidente Dilma Rousseff, envolvendo nomes importantes do governo do PT, como o assessor especial da presidência Giles Azevedo e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Edinho Silva.
Outros temas que devem ser abordados no acordo são a construção de estádios da Copa do Mundo. Das obras do Mundial de 2014, a empreiteira foi responsável pela reforma do Maracanã, no Rio de Janeiro, do Mané Garrincha, em Brasília, do Beira-Rio, em Porto Alegre, e da construção da Arena da Amazônia, em Manaus. Outras obras da empresa que devem ser abordadas no acordo são ainda as relacionadas ao setor elétrico, como as usinas de Belo Monte, no Pará, e Angra 3, no Rio.
A Andrade é a empreiteira mais próxima de Aécio, conforme noticiou o 247 em junho do ano passado. A empreiteira foi a maior doadora de recursos da campanha do senador Aécio Neves em 2014 – foram 322 doações, somando mais de R$ 20 milhões.
Recebeu ainda de tucanos em Minas Gerais o controle da Cemig, por meio de um acordo de acionistas. A estatal mineira é uma das usadas em atos de corrupção que alimentou o esquema do doleiro Alberto Youssef.
fonte: site Brasil 247
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