terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Mobilização faz Senado adiar votação do PL que abre nova onda de privatizações

Mobilizados no Dia Nacional de Luta em Defesa das Empresas Públicas, os trabalhadores das empresas estatais brasileiras conseguiram evitar que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), colocasse em votação no plenário o Projeto de Lei 555/2015,  que dá uma nova roupagem à velha aspiração neoliberal de entregar o patrimônio público do país ao mercado, a partir da privatização de estatais como Petrobrás, Caixa Econômica Federal (CEF), BNDES, Embrapa e Correios, dentre outras.
 
Com a articulação dos servidores, a votação da matéria, que tramita em caráter de urgência, foi adiada para o próximo dia 16. Mas com o carnaval absorvendo a atenção quase que exclusiva dos brasileiros, eles sabem que o tempo será curto para que possam colocar o tema na agenda pública e convencer os parlamentares a rechaçar a proposta tucana, que conta com o apoio da maior parte do PMDB e até de setores do governo.
 
“Nós conseguimos um fôlego extra, mas não ganhamos a guerra e precisamos continuar mobilizados”, resume o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), Julio de Farias Guerra, que fez parte do grupo que passou esta quarta (3) percorrendo os gabinetes dos senadores para tentar sensibilizá-los para a importância de se retirar o caráter de urgência da matéria e discuti-la com a sociedade.
 
“A impressão que nós tivemos é que há, infelizmente, uma tendência pela aprovação do projeto, mas a maioria dos senadores está mal informada sobre o conteúdo e não sabe o quanto ele será prejudicial ao país ou então está conivente com essa proposta, embora afirme o contrário”, afirma.

Fonte: Carta Capital

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