Mobilizados no Dia Nacional de Luta em Defesa das Empresas Públicas, os trabalhadores das empresas estatais brasileiras conseguiram evitar que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), colocasse em votação no plenário o Projeto de Lei 555/2015, que dá uma nova roupagem à velha aspiração neoliberal de entregar o patrimônio público do país ao mercado, a partir da privatização de estatais como Petrobrás, Caixa Econômica Federal (CEF), BNDES, Embrapa e Correios, dentre outras.
Com a articulação dos servidores, a votação da matéria, que tramita em caráter de urgência, foi adiada para o próximo dia 16. Mas com o carnaval absorvendo a atenção quase que exclusiva dos brasileiros, eles sabem que o tempo será curto para que possam colocar o tema na agenda pública e convencer os parlamentares a rechaçar a proposta tucana, que conta com o apoio da maior parte do PMDB e até de setores do governo.
“Nós conseguimos um fôlego extra, mas não ganhamos a guerra e precisamos continuar mobilizados”, resume o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), Julio de Farias Guerra, que fez parte do grupo que passou esta quarta (3) percorrendo os gabinetes dos senadores para tentar sensibilizá-los para a importância de se retirar o caráter de urgência da matéria e discuti-la com a sociedade.
“A impressão que nós tivemos é que há, infelizmente, uma tendência pela aprovação do projeto, mas a maioria dos senadores está mal informada sobre o conteúdo e não sabe o quanto ele será prejudicial ao país ou então está conivente com essa proposta, embora afirme o contrário”, afirma.
Fonte: Carta Capital
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