Desde a última semana, a
população juazeirense sofre
com a redução do quadro de
servidores de várias categorias
que prestam serviço ao
Município. Com apenas 30%
do efetivo trabalhando em
segmentos como Segurança,
Meio Ambiente e Saúde, os
serviços oferecidos à população
têm sido prejudicados.
O problema pode se agravar,
caso funcionários de outras
secretarias, como finanças,
resolvam aderir à greve.
De acordo com o diretor
do Sindicato dos Servidores
Públicos Municipais de Juazeiro
do Norte (Sisemjun),
Edilberto Gonçalves de Oliveira,
o prefeito sinalizou
um reajuste inviável, tendo
em vista que não corresponde
nem à metade do valor da
inflação, que é de 10,67%.
“Desde o início do ano, estamos
tentando negociar o
reajuste salarial e o prefeito
vem propor 4%. Isso é uma
vergonha! A nossa proposta é
de 12,5%. Caso ele não apresente
uma proposta viável,
nós continuaremos em greve
e, ainda, teremos a adesão de
novas categorias esta semana”,
explicou.
Segundo o diretor, os servidores
da Autarquia Municipal
de Meio Ambiente entram
em greve a partir desta terça-
-feira (5). Já os profissionais
da Secretaria de Finanças devem
aderir ao movimento grevista
no decorrer desta semana.
Além de cobrar reajuste
salarial, os servidores pedem
melhores condições de trabalhos.
“Muitos profissionais estão
com os fardamentos gastos
pela ação do tempo e não
possuem os materiais adequados
para oferecer um servido
digno à população”, relata.
Enquanto o impasse não
é resolvido, a população sofre
as consequências. “Eu fui ao
posto de saúde em busca de
atendimento e, chegando lá,
fui informada que não seria
atendida porque não tinha
médico e nem material para
realizar o procedimento. Se
antes da greve a gente já tinha
dificuldade para conseguir
uma consulta, agora está
bem pior. O posto, muitas
vezes, fica vazio. Mas não é
porque não tenha ninguém
para ser atendido, é porque
a gente chega e é informado
que não terá médico. A Saúde
de Juazeiro está uma vergonha”,
desabafa a dona de casa
Maria Estela.
O prefeito Raimundo Macedo
informou que, desde a
última semana, se reúne com
representantes do Sindicato
para negociar o valor do reajuste
referente à campanha
salarial de 2016. Segundo o
gestor, um aumento de 12,5%
é uma proposta inviável no
momento, tendo em vista a
crise econômica pela qual o
país atravessa.
(Jornal do Cariri)
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