Após a vitória na Câmara dos Deputados, com a aprovação maciça da admissibilidade do impeachment de Dilma Roussef, o vice-presidente da República, Michel Temer, e a direção do seu partido, o PMDB, agora miram o Senado. O objetivo é tentar encurtar o prazo para que aquela Casa vote o afastamento da presidente.
Articulações começam a ser feitas a partir de hoje. Temer quer dialogar com o presidente da Casa, senador Renan Calheiros, para tentar fazer com que a votação pelo impeachment ocorra até o dia 1º de maio. A corrida contra o tempo também tem o objetivo de manter a mobilização da bancada e seus aliados.
Já o senador cearense Eunício Oliveira tem como tarefa a definição do nome do relator do processo no Senado. Ele já esclareceu que não será o relator do processo, mas deverá indicar o nome para a importante e decisiva tarefa.
Conchavos
A maioria dos parlamentares que passou o fim de semana em Brasília permanece na cidade e deverá só retornar aos seus estados de origem na próxima quarta-feira, véspera do feriado de Tiradentes. Até lá, uma rotina de muitas reuniões de suas bancadas sobre o destino de cada partido nesta nova fase do processo de impeachment.
Algumas legendas já tratam de articulações com o futuro governo de Temer. Outras vão analisar o comportamento de alguns de seus membros e não descartam o início das expulsões daqueles que votaram contrariando a orientação do partido.
Por FERNANDO RIBEIRO
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