Como falamos no texto sobre a segurança pública alguns acontecimentos nesta semana foram sintomáticos para alguns parlamentares. O deputado Nelson Martins líder do Governo na Casa, sentiu na pele o que é defender um governo. Fez seu papel mas teve que amargar uma sonora vaia de manifestantes. Confira em matéria publicada no Jornal Diário do Nordeste, da última quarta-feira, 14 de novembro.
Aplauso no passado e vaias no presente
Contradição e posturas divergentes das assumidas em um passado recente marcaram as posições de parlamentares cearenses ontem, na Assembléia Legislativa. O PT, que naquela Casa cobrava a nomeação de concursados, teve de arcar com o ônus de estar inserido no governo estadual. “Traidor, traidor”. Foi esse o tratamento dispensado ao líder do Governo, deputado Nelson Martins (PT), pelos policiais civis e os aprovados em concursos da saúde e do Corpo de Bombeiros, que ocupavam as galerias. As manifestações serviram para mostrar a inversão dos papéis e dos discursos dos que antes estavam na oposição e que atualmente estão participando da administração estadual. Mesmo com as provocações dos manifestantes, Nelson foi o único da bancada petista que se arriscou a permanecer em plenário e firmar uma posição com relação à reivindicação dos concursados e grevistas. Os deputados petistas Rachel Marques e Artur Bruno não estiveram no plenário no momento da manifestação. O deputado Dedé Teixeira (PT) preferiu se ausentar enquanto os deputados Adahil Barreto (PR) e Heitor Férrer (PDT) defendiam, da tribuna, apoio aos manifestantes.Intermediar“A missão de líder do Governo é difícil, mas tenho que representar o Governo, e procuro representar da melhor forma”, afirmou Nelson Martins. Segundo ele, desde que assumiu a liderança governista naquela Casa tem procurado intermediar as discussões dos concursados e servidores públicos com a administração. Para concluir a fala o governista precisou contar com a intervenção do deputado Osmar Baquit (PSDB), que ocupava a presidência. O tucano solicitou a compreensão da galeria para garantir a fala de Nelson Martins. Os manifestantes também vaiaram o secretário de Segurança, Roberto Monteiro.
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