Quem viveu a época lembra do tempo em que toda moça estudiosa que terminava o antigo ginásio seguia para a escola normal, para se tornar professora. Nas cidades do Interior, porém, fazer o chamado ``pedagógico`` era tarefa que implicava deslocamentos para cidades maiores. Há 50 anos, Maria Dulce de Alencar, cidadã de Campos Sales decidiu trazer o ensino ginasial e de formação de professores para mais perto dos conterrâneos. Criava-se o Ginásio de Campos Sales, pioneiro na educação no município.
Hoje o Instituto recebe o nome da fundadora e se adapta às mudanças da educação moderna, oferecendo cursos de nível superior a distância. Quem conta sobre o lugar é Vicentina dos Santos Alencar, irmã de Maria Dulce. ``Antes tudo era muito difícil. Os jovens tinham que se deslocar para o Crato para continuar os estudos``, relembra.
Dona Vicentina estima entre 3 e 5 mil a quantidade de alunos que passaram pelo instituto. ``Tem gente trabalhando no Recife, em Salvador, São Paulo...``, orgulha-se. Ela conta que, com as mudanças do sistema educacional, o Instituto teve de se adaptar. ``Hoje em dia é exigido nível superior para ser professor. Todo mundo quer ter no mínimo graduação``, ressalta. Acompanhando os novos tempos, o Instituto Maria Dulce de Alencar se prepara para receber cursos de licenciatura em Letras, Biologia e Matemática, em 2010, oferecidos pela Universidade Regional do Cariri (Urca).
Fundado em março de 1959, o Instituto vai comemorar seu jubileu de ouro em 2010, quando se completam cinquenta anos do primeiro exame de admissão, realizado em 1960. ``Isso se tudo der certo, pois ainda estamos concluindo nossa reforma``, ressalva dona Vicentina. Aos 77 anos, até hoje ela trabalha como secretária no Instituto. ``Para mim é uma terapia. Graças a Deus ainda tenho saúde para continuar``, comemora.
jornal O Povo
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