
Passado o primeiro mês do governo Dilma Rousseff, o diretor de Rating Soberano da agência de classificação de risco Standard & Poor’s e responsável pela avaliação anual do Brasil, Sebastián Briozzo, acredita que o estilo gerencial da presidente pode ajudar a diminuir as barreiras que dificultam investimentos e novos negócios no País.
''O Brasil não se compara nada bem com outros países, em termos de quão difícil é fazer negócios no País. Um estilo mais gerencial, como tem a presidente, pode ser importante”, diz Briozzo.
O analista cita o relatório Doing Business do Banco Mundial, ranking que aponta as facilidades para fazer negócios em 183 países e avalia itens como pagamento de impostos, proteção de investidores, cumprimento de contrato e obtenção de crédito. Na edição de 2011, o Brasil ficou na 127ª posição.
Aspectos microeconômicos não saem na parte da frente dos jornais, não são a reforma da Previdência, mas mudanças nesse aspecto podem ter impacto importante daqui para a frente. Um padrão mais executivo pode levar a mudanças importantes e pode ser que o Brasil comece a melhorar no ranking do Banco Mundial”, afirma Briozzo.
Rating
Em 2008, a Standard & Poor’s elevou o rating (nota de risco de crédito) do Brasil e o incluiu no grupo chamado “grau de investimento”, a melhor classificação para receber investimentos estrangeiros.
Segundo o diretor da Standard & Poor’s, uma melhora na classificação brasileira está condicionada à redução dos gastos públicos e ao controle da inflação, pontos que Briozzo chama de “fraquezas” do País.
“Eu não chamaria vulnerabilidades. São fraquezas em comparação com outros países que também estão em grau de investimento.
São áreas de análise onde o Brasil poderia melhorar mais rapidamente. Não temos uma preocupação a respeito da questão fiscal no Brasil, mas para continuar melhorando seu rating, melhoras no âmbito fiscal seriam importantes”, diz o economista.
Sebastián Briozzo diz que é cedo para uma avaliação do novo governo no âmbito internacional, mas que este é o momento em que todas as atenções do mercado estão voltadas para o País. (da Agência Estado)
foto: ABR
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