quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

UM GRANDE ABISMO

O presidente da CUT, Artur Henrique, criticou na tarde de terça, durante sessão da comissão mista do salário mínimo realizada no plenário da Câmara dos Deputados, a brutal diferença entre os lucros dos bancos e das grandes empresas instaladas no país, que crescem velozmente, e o lento processo de recuperação da massa salarial no país.

O presidente cutista chamou dessa maneira a atenção do ministro da Fazenda, Guido Mantega, para a postura de grande inflexibilidade adotada pelo governo em relação ao salário mínimo, enquanto o mercado continua acumulando ganhos exponenciais sem sofrer enfrentamento.

Para demonstrar o “que está realmente por parte do debate do salário mínimo”, o presidente da CUT citou alguns dados durante sua intervenção de quatro minutos (um além do tempo estipulado pela mesa diretora da sessão):

“O Bradesco teve lucro de 10 bilhões de reais em 2010. O Santander, de 7 bilhões. A Caixa Econômica Federal, de 3,8 bilhões. As 327 empresas brasileiras com ações na bolsa de valores tiveram aumento de seus lucros na casa de 48, 5% em relação ao ano retrasado.

Enquanto isso, a participação dos salários na renda nacional saiu de 40,5% no ano 2000 para 41,9%. Absolutamente um pequenino aumento. Só para comparar: em países como os Estados Unidos, a Suécia, a Itália e Portugal, a participação do trabalho varia de 67% a 72% da renda nacional”.

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