O PMDB está incomodado com o andamento das conversas sobre a eleição de 2012, no âmbito das forças políticas unidas em torno das gestões Cid Gomes (governo estadual) e Luizianne Lins (prefeitura de Fortaleza). “Nós não somos arroz para servir apenas para acompanhar”, disse uma fonte, adiantando que a queixa deve-se ao fato de o debate sobre a sucessão fortalezense, até o momento, permanecer restrito ao PT e PSB.
Procurado pelo O POVO, o presidente estadual do PMDB, senador Eunício Oliveira, confirmou a existência de insatisfações com o “esquecimento” do partido na busca de uma saída para o impasse político estabelecido. No entanto, dizendo-se tranquilo com a situação, ele garante que não pretende acelerar as decisões em função do problema.
Outros líderes do partido, como o deputado federal Danilo Forte, são mais claros no incômodo e mais fortes na defesa de uma definição já da participação do PMDB na campanha de 2012. “Devemos ter candidato próprio”, diz ele, reforçando a tese de que o partido, apesar do seu tamanho e expressividade, não tem recebido a atenção que merece dentro da aliança que integra desde 2004, ao lado de PT, PSB e PCdoB, dentre outras agremiações. Danilo, inclusive, se anuncia pré-disposto a ser o nome do PMDB na disputa.
E os vereadores?
Enquanto isso, os vereadores do PMDB olham as perspectivas de 2012 também preocupados. No caso deles, porém, a queixa diz mais respeito à vida interna, exatamente pela inexistência de um diálogo para saber se haverá aliança proporcional, com quem etc. “Infelizmente, ainda não fomos chamados para discutir nada sobre as próximas eleições”, confirma o vereador Carlos Mesquita, um dos mais experientes representantes do partido no legislativo de Fortaleza, com cinco mandatos consecutivos.
Mesquita adianta que os vereadores querem ser ouvidos sobre alianças em Fortaleza. Comunicado há algum tempo que assumiria o comando municipal do PMDB, Carlos Mesquita diz esperar até hoje que a condição seja oficializada. “Infelizmente, sempre sofremos com essa falta de atenção”, queixa-se o vereador.
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A queixa de membros do PMDB é que a condução do processo eleitoral na Capital estaria excluindo o partido das articulações da base aliada sobre o pleito. O fato incomoda membros da legenda, que acham desconsideração pelo peso que a legenda tem no Estado.
fonte: jornal O Povo
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