No dia 22 de dezembro de 2011, quando chegou a cidade do Crato para receber o titulo de cidadão cratense e inaugurar as praças reformadas para o Natal, o governador foi surpreendido com a única manifestação pacífica e silenciosa na cidade. Quando ocupou o palanque da Praça Siqueira Campos, viu surgir em meio à multidão uma faixa, apresentada pelos representantes da família do ecologista Jeferson da Franca Alencar, que lhe cobravam explicações sobre o abandono da reserva. Em seguida, foi entregue em suas mãos documentos que comprovam, através de textos e fotos, as destruição e vandalismo dentro do Parque, em especial a degradação do velho engenho de pau secular, única relíquia da região.
Ao folhear os documentos, enquanto falavam os oradores, o governador Cid chamou até o palanque o ex-presidente do CONPAM André Barreto, articulador da compra da reserva, encarregando-o ali de uma missão como seu porta-voz para um levantamento dos problemas do Parque.
Ao término da solenidade, o governador concedeu entrevista à imprensa, dizendo não saber do que estava acontecendo com a reserva . Enfatizou: fiquei sabendo agora, através da faixa e dos documentos que recebi. Concluiu: não quero ser DESMORALIZADO com o que assumi no Crato, assinando uma ordem de serviço perante autoridades e a sociedade. Pedi ao André Barreto que fizesse um relatório dos problemas que o parque está passando. Perguntado por que ele ainda não havia visitado o parque que ele criou, respondeu que já havia visitado a reserva por duas vezes. MENTIRA OU VERDADE?! Pois até hoje não consta nenhum registro de sua visita ao Parque.
Após 30 dias dessas promessas, nesta 2ª feira 30 de janeiro, o governador Cid Gomes e André Barreto se encontraram em Juazeiro do Norte, para o “VEREDICTO” do relatório apresentado, o que deverá ser anunciado em breve. Enquanto isso o velho engenho, desprotegido das chuvas e do sol, voltou a RUIR. Parte de sua estrutura, desprendeu-se com as últimas chuvas da semana que passou. Lamentavelmente, é uma vergonha o descaso do governo com aquela história secular, que se destrói por falta de uma lona de plástico.
Por Ed Alencar
Radialista e Ambientalista
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