O Sindicato Nacional do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) promete endurecer o movimento de greve no instituto. O movimento já dura mais de 30 dias e prejudicou ontem a divulgação dos dados sobre emprego do país. Sem as informações do Rio, a taxa nacional não foi divulgada. Essa foi a primeira vez, desde janeiro de 1980, início da série histórica do levantamento, que a pesquisa mensal de emprego teve sua divulgação interrompida.
A falha prejudicou análises dos bancos e de consultorias, que tiveram de recalcular projeções. A greve começou no dia 18 de junho e já atinge 24 núcleos do IBGE. De acordo com o sindicato, 70% dos funcionários efetivos do instituto (são mais de oito mil) estão parados. O sindicato destacou ainda que novos indicadores do instituto podem atrasar se as reivindicações não forem atendidas pelo governo. “Os reflexos da greve estão sendo sentidos agora porque os dados que estavam sendo divulgados já tinham sido processados antes do início da movimento”, disse Edis Evandro, representante do Sindicado Nacional do instituto.
De acordo com o sindicato, o núcleo do Rio de Janeiro é o que mais aderiu ao movimento até agora. “Novos indicadores vão atrasar se a greve permanecer”, disse Evis, que também é pesquisador da UFT (Universidade Federal do Tocantins) e está participando do movimento de greve das universidades federais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário