domingo, 30 de junho de 2013

Manifestante dizia: “Foda-se o Brasil, nacionalismo é coisa de imbecil”

por Rodrigo Vianna, no Escrevinhador
  

A chegada ao viaduto do Chá foi surpreendentemente rápida. Trabalhadores e lojistas tinha ido embora mais cedo, deixando o centro de São Paulo estranhamente vazio às seis horas da tarde. Contornei o Teatro Municipal, e segui a pé, para cruzar o viaduto rumo à Prefeitura – onde os manifestantes se concentravam. Estava acompanhado da equipe de gravação da TV.
No sentido contrário, a massa marchava. Pareciam estudantes razoavelmente organizados: carregavam faixas de diretórios acadêmicos, bandeiras da UJS, mas também muitos cartazes desenhados a mão: “O Brasil acordou”, “Fora FIFA”, entre outros. Um rapaz me informou: ”estamos indo pra Paulista porque o Haddad nem está mais aí na Prefeitura”. Haddad tinha seguido ao encontro da presidenta Dilma, para uma reunião no Aeroporto de Congonhas. Pensei em tomar o rumo da Paulista, mas meu chefe de reportagem avisou pelo rádio: “acho melhor você ficar por aí, porque um grupo pequeno resolveu ficar pra atacar a Prefeitura”.
Pouco a pouco me aproximo do prédio. O grupo que ficou não era tão pequeno assim. E o que vejo e ouço é estranho – pra dizer o mínimo. Há homens mascarados, muita gente de coturno. E há também jovens que conversam com a gíria típica da periferia paulistana. Misturados a eles, moleques com jeito de playboys de classe média. Gritam palavras de ordem de forma desorganizada e aleatória.
Um menino, a meu lado, grita “Fora, petralhada”, e “Fora, Dilma”. Puxo papo, e ele conta: “Sou do grupo Mudança Já, que luta por menos impostos e uma gestão eficiente”. Esse não parece da periferia. Pelo papo e pelas roupas. De fato, mora no Jabaquara – bairro de classe média. O menino fala mal do MPL – Movimento Passe Livre, que puxou as manifestações desde o início. “Esses não me representam, são agitadores e falam com jeito de comunista”.
Êpa…
De repente, o grupo dos mascarados se exalta e avança sobre os portões da Prefeitura. Voam pedras, arrancadas do calçamento do centro antigo. Pedras portuguesas. Jovens mascarados arremetem contra os homens da Guarda Civil Metropolitana.
Um deles usa camiseta branca justa, bota em estilo militar e age com a volúpia típica dos provocadores que conhecíamos tão  bem nos anos 80 – quando a Democracia ainda engatinhava. É o rapaz que aparece nas fotos acima…
Alguns picham as paredes da Prefeitura. A turma mais moderada grita: “sem vandalismo”. Os mascarados devolvem: “sem moralismo”. Um rapaz passa a meu lado e grita: “vamos quebrar tudo”. E quebram mesmo.* Pedras voam perigosamente sobre nossas cabeças.
Mas a imagem mais chocante eu veria logo depois. Um grupo segura uma bandeira brasileira e queima. Um rapaz grita: “foda-se o Brasil, Nacionalismo é coisa de imbecil”. E aí tenho certeza que há um caldo de cultura perigoso por aqui.
Um Brasil fraco, um Estado nacional sob ataque, não será capaz de melhorar a vida do povo. Isso interessa para os conservadores e para seus aliados nos Estados Unidos.
De repente, chega um grupo novo, mais de cem pessoas. Trazem uma faixa amarela, com a frase “Chega de Impostos – Mooca”. O bairro da Mooca é um reduto da classe média – em geral, conservadora. A palavra de ordem é “Fora, Dilma”.
Um funcionário da Prefeitura meio gordinho aparece na janela. Ao meu lado, um grupo berra pra ele: “Gordo, filho da puta, você vai morrer. Você come nossos impostos, filho da puta”.
Penso com meus botões: essa turma  foi pra rua pra pedir serviços públicos de qualidade e, de repente, está pedindo também menos impostos, menos Estado. E queimando a bandeira do Brasil. O que é isso?
Ah, é o sintoma de uma sociedade que incluiu jovens pelo consumo, sem politização. Ok. Isso está claro. Desde 2010, dizíamos nos blogs que essa equação do lulismo poderia não fechar. Despolitização? Ou pior que isso: um pé no fascismo? O discurso que nega a Política é a melhor forma de deixar a avenida aberta para uma Política autoritária.
Claro que o povo na rua é muito mais que isso. O recorte que descrevo acima é bastante específico. Entre os milhares que foram para a Paulista, na segunda e na terça-feira em São Paulo, havia muita gente progressista, disposta a mudar o Brasil. Mas ali também imperava o “Fora, Políticos”. Ora, se todos foram eleitos, o que será que essa turma imagina? Sovietes no Grajaú e no Morro do Alemão? Nada disso. A idéia de muitos por hora é botar fogo em tudo. Qual será o fim disso?
A esquerda organizada, hoje tive certeza, precisa disputar as ruas. Lula precisa reaparecer e botar o bloco na rua.
Outro dia escrevi aqui: quando vemos esse clima de “Fora, todos os Políticos” podemos imaginar duas saídas possíveis
–  a Argentina que escolheu os Kirchner para se recuperar depois do caos;
– ou a Espanha, que levou jovens “indignados” para as praças (e lá também bandeiras de partidos eram “proibidas”) mas no fim das contas elegeu os franquistas do PP.
No Brasil, o jogo está sendo jogado. A massa lulista – aquela massa forte das periferias das capitais, e do Nordeste – essa massa não está nas ruas. Isso ficou claro pelo que vi e ouvi nas ruas de São Paulo.
Nas ruas há uma mistura: ultra-esquerda, nova esquerda, indignados em geral e, infelizmente, também há o velho lúmpen que pode virar – fácil, fácil – caldo de cultura para uma saída autoritária.
Quem conhece bem a história do Brasil não ficaria surpreendido se, desse processo todo, nascesse não “uma nova política”. Mas um governo (mais) conservador, que botasse o Brasil de novo “nos trilhos” da submissão aos EUA, jogando fora os tênues avanços da Era Lula.
Afinal, “foda-se o Brasil”, não é?  Essa cena não vou esquecer: a nossa bandeira queimada por jovens tresloucados que afirmam querer mudar o país. Foi estranho.

Os pela “democracia sem partidos” atacam militantes de esquerda

por Luiz Carlos Azenha
Os militantes de partidos de esquerda que foram à avenida Paulista nesta quarta-feira — e se identificaram com suas bandeiras — foram seguidos continuamente por um grupo considerável de manifestantes aos gritos de “sem partido”. Houve empurra-empurra, troca de insultos, agressões físicas e a tomada de bandeiras vermelhas, que eram em seguida queimadas. Isso aconteceu até mesmo com bandeiras do PSTU, cujos militantes gritavam palavras de ordem contra o governo Dilma durante a passeata.

Desta feita o formato da celebração organizada pelo Movimento Passe Livre foi distinto. Os integrantes do MPL vieram na frente, seguidos dentro do mesmo cordão de isolamento por gente do PSTU, PCO, PCdoB e PSOL (não necessariamente nesta ordem). O último grupo misturava militantes dos movimentos sociais — como UNE e MST — a petistas com meia dúzia de bandeiras do partido. Um cordão de isolamento fechava a passeata e ficou todo o trajeto exposto a xingamentos e tentativas de agressão.

Quem atacava era um grupo razoavelmente organizado. Tentativas de identificá-los foram inúteis. Todos se diziam apenas “apartidários”. Além de “fora PT, leva a Dilma com você”, gritavam também “o povo, unido, não precisa de partido”. Houve vários bate-bocas ao longo do trajeto. Em resposta aos gritos de “sem partido”, militantes de esquerda gritavam “sem censura, acabou a ditadura”. A tensão na manifestação durou enquanto os vermelhos desfilavam com suas faixas, bandeiras e cartazes (os do PSOL, amarelos).

O risco de violência física fez com que boa parte deles se dispersasse bem antes de atingir o prédio da TV Gazeta — partiram da esquina da Paulista com a Consolação.

Outra vez a manifestação teve de tudo: protestos contra a Copa, a PEC 37 e o deputado Feliciano. Jovens de classe média eram majoritários. Havia skatistas, punks e estudantes de ensino médio, misturados a anarquistas e gente que aparentava ser neonazista. Notei várias pessoas que pareciam policiais à paisana. A Polícia Militar acompanhou desarmada, à distância.


Os únicos militantes que levaram faixas contra o governador tucano Geraldo Alckmin, que desatou a repressão sem precedentes contra o Movimento Passe Livre, estavam dentro da passeata de esquerda.
A certa altura, duas passeatas corriam paralelas: numa pista, os militantes de esquerda; na outra, os de direita, que se agacharam e começaram a gritar “fica em pé turma da corrupção”, ou algo assim.

Testemunhei várias situações em que militantes de esquerda argumentavam e discutiam com os de direita, sem agressões. Os primeiros eram acusados de “oportunismo”. Respondiam gritando “fascismo”, relembrando que Mussolini também governou sem partidos.

Todos os militantes de esquerda com os quais conversei se mostravam preocupados. Um deles, chorava.
Aparentemente, no vácuo da desorganização da militância que se deu paulatinamente depois da chegada do PT ao poder, a direita brasileira construiu um quadro razoável de ativistas organizados. Hoje eles carregavam cartazes: “Dilma vaca”, dizia um; “Goleiro Bruno, fica com a Dilma e deixa o resto com o Macarrão”, dizia outro.

Igor Fellipe, integrante do MST, acompanhou tudo de perto: “O grupo que agrediu o bloco de movimentos sociais, organizações políticas, movimento estudantil, sindicalistas e os partidos era de encapuzados, muitos bombados, parte deles deve ter sido paga e outra parte caiu nessa onda conservadora de agredir”.
“O mais assustador é que a violência começou com foco no PT, mas quando a militância petista se dispersou entre os outros partidos, as agressões se voltaram contra toda a esquerda, do PSTU ao PSOL, do PCdoB ao PCO”, continua.

“Ou seja, é um sentimento antidemocrático contra qualquer organização política”, diz Igor. “O que foi impressionante é que todos fomos agredidos juntos. A esquerda se uniu sob o cacete da direita”, continuou.
O nível de agressividade contra o PT em particular e as bandeiras vermelhas em geral era organizado. “Foi orquestrado para fazer com que essa nova classe média se revolte contra os partidos”, concluiu Igor.

Tirando esta polarização mais aguda e localizada, a manifestação foi bastante tranquila e com muitos pedidos de “sem violência”, assim que se armava alguma confusão.

Porém, a repulsa aos partidos teve cenas preocupantes. Várias bandeiras e faixas vermelhas foram “capturadas” por incursões no meio da passeata de militantes de esquerda. Numa delas deu para ver claramente a estrela do PT. Em seguida, eram queimadas diante de fotógrafos e cinegrafistas. Assisti a algumas incursões, de longe. Depois de uma delas, no meio da confusão, notei que meia dúzia de militantes levantou seguidamente o braço direito e gritou três vezes “sieg heil”.


domingo, 23 de junho de 2013

PARA A GLOBO DO MPL ACABOU? FOI SÓ FALAR EM REFORMAS QUE A MÍDIA PAROU.

LEIA ABAIXO TEXTO NO BLOG CONVERSA AFIADA DO JORNALISTA PAULO HENRIQUE AMORIM.


Como lembra o amigo navegante Marcos, um dos momentos sublimes da liberdade de imprensa dos donos da imprensa no Brasil foi o editorial do Globo, no dia seguinte à intervenção militar em 1964: http://acertodecontas.blog.br/politica/editorial-do-jornal-o-globo-de-2-de-abril-de-1964-celebrando-o-golpe-militar/.

O título é uma obra prima da desfaçatez: “Ressurge a Democracia”.

Neste sábado de junho de 2013, depois do pronunciamento da Presidenta em rede nacional de  televisão – que ela deveria usar muito, muito mais, bem dentro do jornal nacional – o editorial do Globo é outro momento sublime do medo que cerca a Big House, quando vê povo nas ruas.

O PT não tem medo das ruas.

A Globo precisou encapuzar os microfones, depois de embolsar o movimento apartidário do passe livre.

Desde cedo nas manifestações, a Globo assumiu o protagonismo: 40′ de Golpe na veia.

E assim foi ao longo de toda a semana de manifestações.

Na quinta-feira, DEPOIS da redução das passagens, o William Bonner comandou  uma edição extra do jornal nacional, de três horas consecutivas – sim, porque as manifestações apartidárias chegam a tempo do horário nobre da Globo – que foi como “derrubar a grade”  e invadir o Palácio no Inverno.

Quando o PT e a CUT foram às ruas, a batata da Big House começou a assar.

A CUT foi para a companhia dos jovens apartidários e defendeu o marco regulatório da comunicação – aqui chamado de Ley de Meios -, os royalties do petróleo para a educação, e a reforma partidária com financiamento público e voto em lista.

Ai, a Big House sentiu o calor na nuca.

Ontem, sexta, ficou claro que o Golpe tinha saído do controle da própria Globo.

Ela achou que iria dar o Golpe mediático de 48 horas que derrubou o Chávez, provisoriamente.

Mas, aí, a coisa engrossou.

O vandalismo tomou conta do pedaço.

Com a ininterrupta e conivente cobertura da Globo, que esculhamba e Copa e com ela fatura.

A Globo já tinha conseguido atingir o prefeito petista de São Paulo.

A Globo já tinha atingido a Presidenta.

Se não deu para dar o Golpe agora, pelo menos tirou uma lasca do poder.

Já está no lucro.

E antes que os manifestantes cheguem ao coração sistema global, nada como um editorial indignado, construtivo e constitucional, como o de hoje: “ultrapassou os limites”, na pág 26 da edição nacional.

Um primor.

(Embora os redatores de 1964 fossem melhores…)

Limites legais e políticos foram ultrapassados,” diz o editorial apartidário.

Claro que foram.

Onde já se viu uma empresa privada que, sob concessão, explora o espectro eletromagnético incentivar, glamorizar, dar espaço e palanque ao Golpe ?

Violência pura, sem qualquer relação com a maioria absoluta dos manifestantes”.

Era essa a lenga-lenga dos âncoras da Globo: o movimento é uma gracinha, são jovens indignados contra “o que está aí”- ou seja, o Governo do PT – , apartidário, horizontal, pacifico – agora os vândalos, a irresponsabilidade política, isso é uma minoria que não toleramos !

Todos à rua, conclamava a cobertura ininterrupta, editorializada – “já chegaram à ponte Rio-Niterói ?”, “lá no fim da Presidente Vargas fica o Maracanã”.

Pintem os canecos.

Que a gente condena os vândalos e livra a cara de vocês.

…a existência de uma agenda ultrarradical para além do passe livre, como a proposta de uma ‘reforma urbana’, fachada de um programa lunática…” – protestou o editorial apartidário.

Aí, a coisa começou a assustar a Big House.

A jovem apartidária do MPL que propôs a “reforma urbana” propôs, na mesma entrevista, a “reforma agrária”.

Aí, não dá !

Aí, “ultrapassou os limites” !

Onde já se viu ?

Enquanto é para derrubar a Dilma, tudo jóia.

Na hora de derrubar meus interesses, aí, não, “não ultrapassar os limites “ é um  imperativo !

Ou seja, quando movimento apartidário começa a entrar numa agenda partidária, genuinamente política, e, portanto, responsável, aí pau no PT, no PC do B, no MST, como fizeram os “apartidários” na Avenida paulista, com o ódio à Dilma e ao Lula, que o Azenha e o Igor testemunharam, perplexos.

Algo que se aproxima da perniciosa ‘democracia direta’ chavista” … “subordinada a um Executivo cesarista”…

Quando a pauta deixa de ser apartidária, apolítica, é perigoso, é “democracia nas ruas”.

“Democracia nas ruas” só interessa à Globo enquanto foi para derrubar a Dilma.

Se os meninos do MPL se engraçarem em temas mais profundos, como uma Ley de Medios, aí, não, aí, eles terão a cobertura que tiveram durante as gestões Maluf, Pitta, Cerra e Kassab.

Ou seja, serão relegados à mais completa insignificância.

A validade do Passe Livre é o Golpe conta Dilma.

Se ameaçarem entrar na Big House … aí não !

Porque para a Globo, essas manifestações ingênuas, espontâneas, maio de 68, começam a ameaçar a Big House e, por definição, já acabaram:

“As ruas são apenas parte dos processos de mobilização política. Uma etapa que se esgota, como a atual se esgotou”, conclui o editorial apartidário.

Viu, quem mandou falar em reforma ?

jn, Bonner…  never more, MPL !

Em tempo: Globo contrata seguranças para repórteres: http://f5.folha.uol.com.br/televisao/2013/06/1299337-emissoras-contratam-ate-tres-segurancas-para-cada-reporter-que-cobre-protestos.shtml

Paulo Henrique Amorim

RUI FALCÃO: PT VAI ÀS RUAS COM O MPL

O ansioso blogueiro conversou por telefone com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, logo após Alckmin e Haddad anunciarem que tinham revogado o aumento das passagens.

(O prefeito do Rio anunciou, também, uma redução.)

O que se segue é uma reprodução não literal da entrevista.

O ansioso blogueiro perguntou o que se passou entre o meio dia desta quarta-feira – quando Haddad foi firme e não anunciou a redução na tarifa – e o inicio da noite quando anunciou.

Falcão acredita que Haddad se sensibilizou com os argumentos  expostos na reunião do Conselho Social; com a pressão social e os sentimentos de uma parte dos manifestantes que, legitimamente, reclamam da qualidade dos transportes; e, por fim, com os argumentos do próprio PT.

Rui esteve com Haddad à tarde e é possível que, aí, tenham sido analisadas, também, considerações do “conselheiro” Lula.

O que está em jogo, diz ele, não são os R$ 0,20, apenas.

É mais complexo e envolve todos os entes federados, disse.

Está em curso um PAC da Mobilidade, com R$ 33 bilhões.

A desoneração do PIS e do Cofins e nas folhas.

O Congresso analisa a renegociação da dívida dos municípios – e o Ministro Mantega teve uma reunião ontem sobre isso – e, com relatoria do senador Lindembergh, uma proposta de tirar o ICMS dos pneus, do óleo diesel e dos carros para transporte metropolitano.

Só as desonerações para transportes chegam a R$ 60 bilhões.

Mas, é bom não esquecer que o Haddad cumpre o que prometeu.

Ele está abrindo corredores, duplicando vias de acesso.

Haddad não falou em tarifa zero.

Não deu aumento de tarifa de ônibus acima da inflação.

E ele tenta antecipar a entrada em vigor do bilhete único mensal de novembro para mais cedo.

O PT vai participar mais ativamente do movimento nas ruas.

Para não deixar que a Direita e a Globo tomem conta: “para não dirigir para outro rumo”.

O movimento, porém, não pode repudiar os partidos políticos.

Por isso, o PT vai amanhã para a Avenida Paulista, com bandeira e tudo.

Porque o PT luta pela reforma política.

Pela democratização dos meios de comunicação.

E isso tudo tem que ser exposto.

O movimento pelo redução da tarifa foi infiltrado pela Direita, com o que o Cerra chamou de “Cansei pra valer”.

É bom não esquecer que a esquerda começou o movimento para protestar contra o Allende, a Direita tomou conta e o Allende caiu.

“Onde já se viu o PT ter medo de gente na rua ?”, perguntou ele.

“Nós vamos amanhã – quinta-feira – para a Paulista com as nossas cores e as nossas bandeiras.”

Porque no Congresso só não avança.

O Movimento pelo Passe Livre procurou o MST para ajudar na manifestação de amanhã, para evitar os vândalos e o desvirtuamento.

O MST topou ajudar.

Mas, ponderou: que história é essa de não ter partido ?

Se não tem bandeira, não tem carro de som, não tem palavra de ordem com hierarquia,  não tem organização, não tem voz de comando.

E que história é essa de falar mal da classe média ?

“Nós não somos o Partido que botou 40 milhões de pessoas na classe media ?”

“Não estamos festejando essa ascensão ?”

“Vamos caminhar junto com esse movimento, com a classe média.”

“Não temos medo da rua.”

Paulo Henrique Amorim
Blog Conversa Afiada

ESPN TIRA A COPA COM R$ 13 MI NO BOLSO

A ESPN é uma empresa americana: http://espn.go.com/ e http://www.espn.com.br/

Nesta sexta-feira de turbulências, a ESPN foi a pioneira na falsa informação de que a Copa do Mundo ia sair do Brasil.

Isso imediatamente repercutiu na Folha (*), através de sua mantenedora, o UOL.

A ESPN tem sido muito critica dos gastos governamentais com a Copa.

Como o PiG (**), brasileiro, parece condenar a farra de recursos, o desperdício do dinheiro público com os estádios faraônicos.

Muto justo.

Patriótico.

Deve ser por isso que a ESPN se dedique a obras de caridade, como o patrocínio e a exclusividade dos X Games de esportes radicais: http://xgames.espn.go.com/pt-BR/

Só tem um pequeno furo no patriotismo da ESPN, a brasilo-americana.

Para realizar os X Games, a ESPN recolheu em desperdício de dinheiro do Ministerio dos Esportes R$ 5,8 milhões.

No desperdício do convênio com o Ministério dos Esportes, a prefeitura de Foz do Iguaçu, sede do desperdício, entrou com desperdiçados R$ 507 mil.

Num outro desperdiçado convênio, o Governo do Paraná e a Prefeitura de Foz desperdiçaram R$ 6,4 milhões.

Quantas creches dava para construir com isso, amigo navegante ?

A empresa Itaipu não desperdiçou dinheiro com a ESPN, mas deu apoio logístico.

Os X Games foram transmitidos, em rede aberta, pela Rede TV.

Esses americanos …

Tomaram R$ 13 milhões desses brasileiros perdulários.

Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

PROFESSORES DE JUAZEIRO DE VOLTA ÀS RUAS



Professores da rede municipal de ensino de Juazeiro do Norte estão, neste momento, ocupando as ruas da cidade para exigir que o prefeito Raimundo Macedo não sancione a lei, proposta por ele e aprovada pela Câmara Municipal, no dia 6 de junho, que altera o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos professores.

Com o novo PCCR, os professores terão o salário reduzido em até 40% e aumento na carga horária de trabalho, e  perderão direitos .

Nas ruas, professores gritam e exibem cartazes com as frases: “Raimundão, tira a mão do meu salário”; “Inimigo da educação”; “Fora, Raimundão”; “Raimundão, desastre na saúde e educação”; Raimundão, você não serve para a administração”.

Uma ala dos professores desfila com a foto de todos os vereadores que votaram a favor do novo plano e contra a educação juazeirense.

O trânsito na cidade está caótico, mas a manifestação segue de maneira pacífica. Apesar de puxado pelos professores, o protesto tem e apoio e conta com a presença da população em geral.  

Manifestantes também lutam por outras bandeiras, como saúde, fim da corrupção, e criticam duramente  as tramitações referentes ao evento Juaforró, que foi cancelado devido irregularidades.


foto de Normando Sóracles

25 ANOS DO TUCANATO

Uma reportagem publicada na edição deste domingo (23) da Folha de S.Paulo descata os 25 anos do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), lembrado na próxima terça-feira (25). A legenda se prepara para lançar o primeiro candidato com trajetória política foram de São Paulo à Presidência da República.

O jornal ressalta ainda que os 10 anos longe do Planalto contrastam com o início meteórico dos tucanos. Criado como um "partido de quadros" por integrantes do PMDB insatisfeiros com a falta de espaço, o PSDB chegou à Presidência apos somente seis anos de existência, com Fernando Henrique Cardoso, diz a Folha.

JOAQUIM BARBOSA PODE SER CANDIDATO?

Segue abaixo texto do jornalista Luciano Augusto, no site Ceará News 7. 


Em sua coluna publicada neste domingo nos jornais Folha de S. Paulo, O Globo, entre outros, o jornalista Elio Gaspari faz um exercício de fantasia futurológica ao inserir o nome do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, como candidato à Presidência da República em 2014.

O colunista aprenta a possibilidade através da análise de que seria um obstáculo instransponível: a falta de base política. "Alguém conhece pessoa que votará no candidato que for indicado pelo PMDB? Ter base partidária é mais uma carga do que um impulso, mesmo no caso do PT", escreve.

Gaspari também faz referência ao cinco presidentes eleitos nos últimos 60 anos, que três prevaleceram sem que devessem qualquer coisa às bases partidárias.

Leia trecho da coluna abaixo:
Numa tarde de Brasília, o Supremo Tribunal Federal reúne-se para julgar os recursos dos mensaleiros, revoga as condenações por formação de quadrilha e livra-os do cárcere. Joaquim Barbosa, o presidente da corte que relatara o processo, joga a toga sobre a bancada, faz um breve discurso, renuncia ao cargo, sai do prédio e chama um táxi. Dias depois, seu nome é lançado como candidato à Presidência da República.

Há fantasia nesse cenário, mas o gesto da renúncia é uma possibilidade real. Se Joaquim Barbosa será candidato, trata-se de pura futurologia.

Quem duvida dessa possibilidade apresenta o que seria um obstáculo intransponível: a falta de base política. Alguém conhece pessoa que votará no candidato que for indicado pelo PMDB? Ter base partidária é mais uma carga do que um impulso, mesmo no caso do PT. Para a campanha da doutora Dilma será bom negócio esquecer a estrelinha vermelha, fechando o foco na personalização de seu governo. O PT decidiu confundir-se com os mensaleiros. Problema dele.

Dos cinco presidentes eleitos nos últimos 60 anos, três prevaleceram sem que devessem qualquer coisa às bases partidárias. Fernando Henrique Cardoso foi eleito pelo Plano Real. Se dependesse da força do PSDB, seria candidato a deputado federal. Ele foi eleito porque o real ficou de pé. Depois do fracasso do Plano Cruzado, houve sete ministros da Fazenda e só ele teve futuro político.

Fernando Collor passou por três grandes partidos, mas elegeu-se pelo microscópico PRN, que não existe mais. Recuando-se aos anos 60, Jânio Quadros elegeu-se governador de São Paulo pelo irrelevante PTN e em 1958 foi engolido pela União Democrática Nacional num lance puramente oportunista.

Partido, quem teve foi Lula. Todos brincam de cubos, formando alianças fisiológicas lubrificadas pelos métodos que desembocam em mensalões.

Olhando-se para a rua cheia de gente contra-isso-que-está-aí, vê-se um quebra-cabeça onde falta uma peça. Aécio Neves tem nas costas o doutor Eduardo Azeredo, com seu mensalão mineiro. Eduardo Campos não entendeu nada, disse que baixou as tarifas de transportes em um ato "unilateral", como se fosse um coronel do semiárido falando aos peões de sua fazenda.

Joaquim Barbosa pode vir a ser a peça que fecha o quebra-cabeças. Se isso acontecerá, não se sabe. Também não se sabe que resultados trará. Os dois exemplos de avulsos que chegaram a presidente, Jânio e Collor, terminaram em catástrofes. No caso de Jânio, numa catástrofe que levou as instituições democráticas para a beira do precipício no qual elas cairiam três anos depois, em 1964. Barbosa defende grandes causas, mas é chegado a pitis e construções inquietantes, como a sua denúncia das "taras antropológicas" que a sociedade brasileira carrega. Descontrola-se e justifica-se atribuindo sua conduta a dores de coluna. Se todas as pessoas que têm esse tipo de padecimento perdessem o controle quando viajam em trens lotados na hora do rush, as tardes brasileiras teriam pancadarias diárias. Há nele uma misteriosa predisposição imperial.

Talvez esse exercício de futurologia tenha o valor de uma leitura de cartas. Sobretudo se o PT perceber que a ida dos mensaleiros para a prisão, ainda este ano, deixará de ser um peso nas suas costas. Afinal, depois que Fernando Haddad e Geraldo Alckmin acordaram o monstro, é difícil saber como levar a rua para casa, mas é certo que o monstro sairá de casa se os mensaleiros forem poupados.

Às 19h de quinta-feira, os manifestantes que estavam na avenida Paulista em frente ao prédio da Gazeta mandaram que as bandeiras vermelhas fossem abaixadas: "O povo unido não precisa de partido". Minutos depois, queimaram algumas. Há 12 anos elas estavam lá, gloriosas, festejando a eleição de Lula.

AÉCIO CANCELA VISITA AO NORDESTE


O senador e possível presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) cancelou o almoço que teria com o governador de Pernambuco, e também aspirante ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos (PSB-PE) na próxima segunda-feira (24).

O encontro entre Aécio e Campos estava previsto para ocorrer em Caruaru (PE), que está no clima dos festejos de São João, mas foi adiado porque, de acordo com o tucano, o ambiente político atual não está propício para festas.

A ida a Pernambuco, que estava prevista para hoje, seria o início de uma incursão política do senador pelo Nordeste. Essa não é primeira vez que o pré-candidato cancela sua agenda na região. No dia 10 de maio, Aécio viria ao Ceará para participar da convenção estadual do PSDB, contudo, o tucano, que é presidente nacional do partido, não compareceu ao evento.

De olho no pleito de 2014, o mineiro vem tentando ganhar visibilidade e conquistar os nordestinos. Para tanto, recrutou o ex-senador Tasso Jereissati para sua tropa de choque e gravou comerciais exclusivos para o Nordeste. A única falha no plano é a baixa assiduidade do candidato na região.  

PMDB QUER DEFINIR ALIANÇAS

O PMDB reúne na próxima terça-feira (25) a Executiva Nacional para discutir as alianças estaduais, rumo a eleição de 2014, informa a coluna Painel da Folha de S. Paulo deste domingo (23).

Com a presença do vice-presidente Michel Temer, o encontro servirá para debater as crises que podem respingar na presidenta Dilma Roussef, principalmente na Bahia, no Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Ceará.

O encontro foi articulado pelo ex-ministro da Integração Nacional e atual vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima.

QUEM VAI DEFENDER OS PROFESSORES DE JUAZEIRO?

 O silêncio do dpeutado estadual Vasques Landim é estranho. Enquanto fica nas redes sociais aplaudindo e dizendo serem democráticas as manifestações por todo o Brasil não fala nada sobre Juazeiro do Norte.

A população de Juazeiro do Norte até agora aguarda que Vasques Landim como bom democrata e bom usuário das redes socais que é, diga claramente se é contra ou a favor dos cortes nos salários dos professores de Juazeiro do Norte.

Vasques Landim tem qual posicionamento  sobre as denuncias que existem contra o prefeito de Juazeiro Raimundo Macedo que teve que encerrar o Juaforró por irregularidades no processo licitatório ,segundo integrantes do Ministério Público?

A sociedade de Juazeiro espera aidna que Vasques  Landim se pronuncie na Assembléia Legislativa defendendo os educadores da terra de Padre Cìcero, senão, seu discurso de democrata  no Facebook vai parecer coisa aranjada apenas para ganhar a simpatia da população.

A hora de provar que está ao lado do povo o deputado Vasques tem agora. Se pronunciando na tribuna da Assembleia em defesa dos professores de Juazeiro, esses sim, vítimas de um prefeito sem sensibilidade com a educação.

Quem agora vai defender os professores de Juazeiro? Os políticos com mandato , na minha opinião, deveriam ter essa obrigação. 

POVO DE JAUZEIRO NAS RUAS CONTRA A GESTÃO DE RAIMUNDÃO

O prefeito de Juazeiro do Norte Raimundo Macedo (PMDB) tentou durante viagem a Brasília dizer que as manifestações em Juazeiro não seriam cotnra ele, mas cotnra a rpesidenta Dilma Rousseff. (PT).

Óbvio que as manifestações que vem acontecendo em todo o Brasil se dão contra os políticos brasileiros, uns por corrupção, outros por conivência, outros porque deveriam ter avançado nas mudanças e pararam, contra a impunidade, contra PEC 37, por melhorias nos serviços públicos e motivos não sobram.

Mas Raimundão dizer para a  imprensa que as manifestações acontecidas em Juazeiro não seriam contra ele, é no mínimo, uma mentida deslavada.

Par aprovar que o povo de Juazeiro se mobiliza contra a gestão de Raimundão veja a foto de alguns manifestantes.


quinta-feira, 20 de junho de 2013

CANTA BARBALHA

SEGUE ABAIXO TEXTO DO PROFESSOR Maurício Teles Freire falando sobre as mobilizações que vem "abalando" políticos brasileiros.


Finalmente agora o povo nas ruas deu a resposta muito claramente. É pra valer sim a indignação com aqueles que não cumpriram o seu papel de gerir e representar o seu povo.
O movimento, especialmente com a força da juventude é legítimo sim, a bandeira não foi e nem é partidária pois, as ideologias foram há muito extintas, carcomidas e descaracterizadas pela maioria dos políticos que não representam mais absolutamente nada que interessa o bem comum, o social, o povo, o nosso estado, o nosso município, o nosso país.
Agora as consequências certamente irão refletir nas próximas eleições.
Aqui me reporto a parte de um texto muito bem postado pela cidadã e professora do Curso de Direito, Efigênia Coelho Cruz:
"Que a consciência do povo brasileiro cresça em proporção geométrica ao número de pessoas que foram as ruas, notadamente, no sentido de saberem escolher nas urnas, e mais do que isso, fiscalizar seus representantes.
Deitado eternamente... não, mas, sim, acordado em seu poder de: "Gigante pela própria natureza... da força de um povo que agora mostra que: "Não foge a luta!
Vamos sim, construir um novo País!! Um novo estado, um novo município.
A nossa ideologia verdadeira, legítima é o Hino Brasileiro e a nossa Bandeira é a do nosso País...

E aqui, em Barbalha também é Brasil. O município também está acordando...

"Canta Barbalha"!
 

Via facebook 

ALCKMIN E HADDAD ANUNCIAM REDUÇÃO DE TARIFAS


O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital, Fernando Haddad,anunciaram na tarde desta quarta-feira a redução das tarifas de ônibus, metrô e trens para 3 reais, cancelando o reajuste em vigor desde o último dia 2 de junho – que elevou o preço das passagens para 3,20 reais.

TORCEDORES CANTAM HINO “INTEIRO” E LEVANTAM CARTAZES DE PROTESTO


Torcedores quebram protocolo durante execução do Hino Nacional, na partida entre Brasil e México, pela Copa das Confederações.Após ouvir o hino mexicano, foi a vez da torcida brasileira cantar o hino do brasileiro. Ignorando a recomendação da Fifa de que apenas 30 segundos do hino pode tocado, após a interrupção da parte instrumental, os torcedores continuaram cantando em coro a letra. Os jogadores também ignoraram a recomendação e não pararam de cantar. Foi cantado o primeiro trecho completo do hino nacional.Esperava-se que muitos ficassem de costas durante o hino, como forma de protesto, mas poucos fizeram isso. Nas cadeiras, torcedores levantavam cartazes com os dizeres: “Esse protesto não é contra a seleção, mas contra a corrupção #OGiganteAcordou”.

EUNÍCIO ENTREGA NA TERÇA-FEIRA RELATÓRIO DE MP COM AJUDA AOS MUNICÍPIOS ATINGIDOS PELA SECA


O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), relator da Medida Provisória 610/2013, que trata de ações emergenciais para socorrer municípios atingidos pela seca no Nordeste, entrega seu parecer à comissão mista que analisa a matéria na próxima terça-feira (25).Eunício explicou que ainda não apresentou o relatório porque está discutindo o tema com a equipe econômica do governo. “Temos de encontrar um mecanismo para que não apenas os ‘pronafianos’ sejam beneficiados com essa medida” justificou o senador.A MP amplia benefícios concedidos a agricultores familiares que participam do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Pelo texto, dívidas do programa de até R$ 15 mil receberão descontos de 85% no semiárido e de 65% nos demais municípios da Sudene.Para os valores acima de R$ 15 mil, os descontos são de 75% no semiárido e 45% nos demais municípios da Sudene. A MP concede prazo até 30 de dezembro de 2014 para liquidação das operações e suspende até a mesma data o prazo de prescrição das dívidas.Entre os outros pontos previstos no texto, está a concessão de um adicional de até R$ 560 ao valor do Garantia-Safra, por família, aos agricultores que aderiram ao Fundo Garantia-Safra. O valor deverá ser pago em até quatro parcelas mensais de R$ 140.A medida também autoriza, excepcionalmente, no caso de desastres ocorridos em 2012, a ampliação do valor do Auxílio Emergencial Financeiro, que hoje é de R$ 720, em até R$ 800 por família.

RONALDO CORREIA DE BRITO RECEBE O TÍTULO DE CIDADÃO CRATENSE


Aconteceu na manhã de ontem, no auditório do Geopark Araripe a entrega do título de cidadão cratense ao medi coe escritor Ronaldo Correia Brito. A solenidade contou com as presenças dos vereadores Luís Carlos Saraiva, Pedro Alagoano, Galego da Batateira, Marquinho do Povão, Celso dos Frangos, além de professores, intelectuais, familiares e amigos do agraciado. Ronaldo Brito disse ser uma imensa alegria receber o título de cidadão cratense, já que passou grande parte de sua vida jovem no Crato de onde saiu para Recife, onde reside até hoje. Ele é natural de Saboeiro, e é autor de vários livros entre eles Lua Cambará.

MP PEDE SUSPENSÃO DO JUAFORRÓ POR FRAUDE EM LICITAÇÕES


O Ministério Público do Estado do Ceará, através das promotoras de Justiça de Juazeiro do Norte Alessandra Magda Ribeiro Monteiro e Juliana Mota, propôs, dia 19, uma ação civil pública com pedido de mandado liminar, a fim de que aquele município suspenda a festa junina Juaforró.

A ação visa a observância dos princípios constitucionais e a proteção ao patrimônio, à moralidade administrativa e à segurança pública.
A ação pede que a Justiça determine que o município de Juazeiro do Norte se abstenha de empregar recursos públicos, sob qualquer de suas formas, para custeio do evento Juaforró deste ano de 2013, no parque de ventos Padre Cícero.
As representantes do MP observam que há vulnerabilidade na segurança pública, utilizando as medidas previstas no art. 11, da Lei nº 7.347/85 para coagir o cumprimento, sem prejuízo da responsabilidade criminal dos responsáveis, em caso de desobediência.
O Ministério Público pede a anulação das contratações decorrentes do Edital de Pregão nº 2013.05.29.01 e do Convite nº 2013.06.06.01 e a devolução corrigida de todos os valores que eventualmente já tenham sido pagos.
A decisão deverá fixar multa pelo eventual descumprimento, em valor equivalente ao dobro de qualquer quantia dispendida, a ser suportada pelo patrimônio pessoal do ordenador da despesa executada.
A ação também requer que cópias da decisão sejam encaminhadas à Câmara Municipal de Juazeiro do Norte e ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), por serem agentes de fiscalização.
Os recursos utilizados para a contratação desse evento totalizam o montante aproximado de R$ 614.000,00, cuja dotação orçamentária (nº 40.01.13.392.0113.2.67), conforme se depreende da Cláusula 13.2 do Edital do certame, são de “recursos próprios do município”.
Segundo as promotoras de Justiça, o que se traz à apreciação judicial é que o dispêndio de dinheiro em tais circunstâncias e a própria contratação noticiada é ilegal, posto que se trata de ato praticado com violação de princípios constitucionais basilares e deve ser anulado. Elas constataram fraude em licitação; inexistência de plano de segurança contra incêndio e pânico.
No entendimento delas, o município encontra-se em estado de emergência, decretado pelo governo estadual em face da estiagem, assim como por ato do executivo local, Decreto nº 16 de 1º de abril de 2013. Além do mais, houve a redução de salários dos professores. Enfim, há inúmeras necessidades sofridas pelo município, como ruas esburacadas, escolas sendo fechadas, dentre outros pontos.
A situação de Juazeiro de Norte tem atraído a atenção nacional, e a revolta da população local e de outras regiões. Em momento que se busca valorizar a educação, Juazeiro do Norte, sem uma justificativa plausível segue em caminho oposto. Desvalorização do magistério. A revolta da população pode ser facilmente constatada nos jornais locais, redes nacionais de imprensa e redes sociais.
fonte: cearanews7.com.br

GOVERNOS RECUAM, MAS PROTESTOS CONTINUARÃO

Após negociação entre os governos municipal e estadual, a tarifa de ônibus, metrô e trens de São Paulo voltará a custar R$ 3. O anúncio foi anunciado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pelo prefeito Fernando Haddad (PT), na noite de ontem, no Palácio dos Bandeirantes. No Rio, o prefeito Eduardo Paes também anunciou a redução.

Em coletiva, Alckmin falou que o retorno da tarifa para R$ 3 representa um "esforço" e acrescentou que serão cortados gastos para que a mudança seja possível. Já o prefeito afirmou que "investimentos serão comprometidos" por conta disso.

Na terça, ocorreu o sexto protesto contra as tarifas na capital paulista. O ato começou de forma pacífica na Praça da Sé, mas um grupo mais exaltado atravessou a grades que faziam o isolamento na frente da prefeitura e atiraram objetos contra os guardas-civis que faziam um cordão na frente do prédio. Ao menos dois guardas ficaram feridos.

DEPUTADOS CRITICAM AÇÕES DO GOVERNO DO ESTADO CONTRA SECA


A notícia de que 25 cidades no Interior do Ceará estão vivendo com racionamento de água em razão do colapso hídrico, provocado pela estiagem prolongada, segundo destacou em sua manchete o Diário do Nordeste da última terça-feira, reacendeu o debate sobre a seca, na Assembleia Legislativa. Para a maioria dos parlamentares ouvidos, a situação é resultado da falta de planejamento dos órgãos estaduais, uma vez que foram avisados previamente de que as chuvas seriam irregulares este ano.

O racionamento no Interior do Ceará foi informado na segunda-feira pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). A matéria mostrou que, com índices pluviométricos 37,7% abaixo da média e com mais de 70 açudes cearenses em alerta (nível abaixo de 30%), o presidente da Cogerh, Yuri de Oliveira, anunciou que cidades como Beberibe, Canindé, Crateús e Tauá estão passando por racionamento.

Para o presidente da Comissão Especial da Seca da Assembleia Legislativa, deputado João Jaime (PSDB), essa situação é resultado da falta de planejamento e de investimentos em obras que resolvessem, de fato, o problema da falta de água. Segundo ele, a maioria das ações que estão sendo desenvolvidas pelo Governo do Estado não tem resultado imediato, como as cisternas de enxurradas. "Como as pessoas vão conseguir acumular água nas cisternas se não vai chover mais?", indaga.

DEPUTADOS CEARENSES DEIXAM A DESEJAR COM AUSÊNCIAS NAS SESSÕES ORDINÁRIAS DO CONGRESSO

Quase cinco meses após o início dos trabalhos de 2013, apenas dois dos 22 deputados federais cearenses compareceram a todas as 45 sessões ordinárias que já ocorreram no plenário da Câmara Federal. Enquanto isso, há parlamentar que já faltou a quase metade de todas essas sessões. Nas comissões técnicas permanentes da Casa, o registro de presenças é ainda pior na bancada do Ceará. Ao mesmo tempo em que um dos deputados esteve presente em todas as reuniões dos colegiados que participa, outro faltou a 73,3% dos encontros das comissões de que faz parte.

Balanço feito pelo Diário do Nordeste, por meio do site da Câmara Federal, aponta que apenas os deputados Ariosto Holanda (PSB) e Mauro Benevides (PMDB), respectivamente, no sexto e no quarto mandatos na Casa, compareceram a 100% das sessões que ocorreram entre 4 de fevereiro e 13 de junho. Já o parlamentar federal cearense que mais faltou em 2013, até o momento, foi o atual coordenador da bancada federal cearense, deputado Antônio Balhmann (PSB). O pessebista faltou 20 vezes só neste ano, tendo justificado a ausência em 16 sessões.

Após Balhmann, aparecem no ranking dos cearenses mais faltosos os deputados Edson Silva (PSB) e João Ananias (PCdoB), ambos com 17 faltas; Gorete Pereira (PR) e Genecias Noronha (PMDB), com 16 ausências; Manoel Salviano (PSD), com 15; Aníbal Gomes (PMDB) e Artur Bruno (PT), com 13 faltas; e Arnon Bezerra (PTB) e Mário Feitosa (PMDB), com 12 ausências cada. A maioria deles justifica as faltas em razão de outros compromissos, fora e dentro da Câmara, relacionados à atividade parlamentar.

Suplente

Como só assumiu mandato como suplente no último dia 5 de abril, no lugar do deputado Domingos Neto (PSB), que se licenciou para assumir a secretaria Especial da Copa de Fortaleza (Secopafor), a porcentagem de faltas do deputado Ilário Marques (PT) neste ano ainda não foi calculada sobre as 45 sessões que já ocorreram entre 4 de fevereiro e 13 de junho. Das 25 sessões ordinárias que deveria ter participado desde que assumiu, o petista faltou a sete delas.

Entre os representantes do Ceará na Câmara Federal que mais compareceram às sessões plenárias, além de Ariosto Holanda e Mauro Benevides, estão os deputados André Figueiredo (PDT), com 97,8% de presença; Raimundo Gomes de Matos (PSDB), com 95,6%, e José Guimarães (líder do PT na Câmara) e Danilo Forte (PMDB), ambos com 93,3% de presenças. Tiveram presença igual ou superior a 80% Chico Lopes (PCdoB), Eudes Xavier (PT), José Airton (PT) e Vicente Arruda (PR).

O deputado Ariosto Holanda destaca ser importante a participação em plenário, pois, segundo ele, é lá onde acontece o "desfecho de todas as discussões" e onde ocorrem as votações. Apesar disso, ele reconhece ser difícil conciliar as outras atividades parlamentares com a sessão ordinária e comenta que, para conseguir comparecer a ambas, procura sempre marcar as atividades "extras" para horários diferentes aos das sessões da Casa. "Outros deputados preferem justificar a ausência do que perder, por exemplo, a audiência que lutaram tanto para conseguir com um ministério", diz.

Comissões
Apesar de ter faltado a apenas nove das 45 sessões plenárias que ocorreram até agora na Câmara, o deputado Vicente Arruda não teve presença semelhante nos colegiados em que atua. Das 30 reuniões que fizeram as comissões de Constituição e Justiça (CCJ), da qual é membro efetivo, e de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, em que é suplente, ele faltou 22 vezes, o que faz com que tenha o maior percentual de ausência nas comissões entre a bancada cearense (73,3%). Desse total, o parlamentar só justificou a falta em quatro reuniões.

O deputado justifica o elevado número de faltas, alegando que comparece aos encontros da comissão de CCJ, mas não assina a lista de presenças. "Normalmente não assino, porque está cheio de gente e não estou preocupado muito com isso. O que interessa é minha participação. Bem diferente de alguns que eu conheço, que chegam no começo, assinam e vão embora", diz. O republicano reconhece, contudo, "ocasionalmente, não vou, porque tenho outras coisas para fazer, como reuniões nos ministérios, atender a um prefeito que vem do Ceará ou reuniões da bancada".

Apesar de ter o maior percentual de falta nas comissões da bancada cearense, Vicente Arruda não foi o parlamentar federal que mais faltou às reuniões das comissões que participa. Em números absolutos de faltas, o deputado José Linhares (PP) foi o campeão. Das 82 reuniões que deveria ter participado, ele faltou a 30 encontros. Logo em seguida, aparece a deputada Gorete Pereira (PR), que faltou a 29 das 63 reuniões das comissões que participa. O deputado Edson Silva também teve elevado número de ausências, faltando a 17 dos 32 encontros dos colegiados em que atua.

Agenda

O único deputado federal cearense a participar de todas as reuniões das comissões das quais é membro efetivo ou suplente foi Raimundo Gomes de Matos (PSDB). Mesmo assim, o tucano reconhece ser difícil "compatibilizar" a agenda parlamentar, em razão do que ele chama de "superposições de atividades". "Normalmente, priorizo a sexta-feira e o fim de semana no Ceará. Quando quero ir a um ministério, procuro ir na terça-feira pela manhã e quinta-feira à tarde e, esporadicamente, sexta de manhã, que são horários diferentes dos das sessões e com fluxo de gente bem menor", comenta o parlamentar.

Na avaliação do deputado Gomes de Matos, a participação nas comissões é de extrema importância, pois, segundo avalia, os colegiados são os locais da Casa onde ocorrem os debates "mais consistentes". "É onde temos a oportunidade de fazer as alterações mais consistentes nas propostas apresentadas, pois, no plenário, o tempo é reduzido, e a discussão é um pouco dispersa", disse o tucano, estimando que, na Câmara Federal, 70% do debate legislativo ocorre nas comissões técnicas.

DILMA EM QUEDA CAI 8 PONTOS E FICA COM 55% DE APROVAÇÃO

Uma nova pesquisa de opinião pública divulgada ontem reforça a tendência de queda na avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), com uma queda de oito pontos percentuais.

O levantamento feito pelo Ibope, por encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra também queda de oito pontos percentuais na sua avaliação pessoal. Os recuos se deram acima da margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Os entrevistados que consideram o governo "ótimo" ou "bom" agora são 55%, contra 63% em pesquisa realizada em março deste ano.

Já os que avaliam de forma positiva a forma de a presidente Dilma governar são 71%, contra 79% na pesquisa anterior.

Sem protestos

Embora tenha sido divulgada agora, a pesquisa não capta os efeitos dos protestos que vêm tomando as ruas das principais capitais brasileiras desde a semana passada. Isso porque os entrevistadores foram a campo entre os dias 8 e 11 deste mês. O protesto realizado em São Paulo, com forte reação da Polícia Militar e que acabou servindo de estopim para outras manifestações mais numerosas em todo o País, ocorreu no dia 13.

Ainda assim, a pesquisa mostra uma mudança na curva de aprovação do governo, em sintonia com o que já havia sido apontado pelo Datafolha, em pesquisa realizada nos dias 5 e 6 deste mês, quando foi apontada uma queda de oito pontos percentuais na aprovação do governo Dilma, na comparação com pesquisa de março.

Em março, o Ibope apontou que, apesar das más notícias macroeconômicas, a popularidade do governo e da presidente continuavam em alta, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. Na ocasião, a avaliação positiva do governo foi de 63%. Já a aprovação à forma de governar de Dilma era de 79%.

A pesquisa anterior pegava os efeitos de duas medidas populares tomadas pelo governo: a redução da energia elétrica, e a desoneração da cesta básica.

Sem relação

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que não há relação entre a queda da popularidade da presidente Dilma e os protestos que começaram em São Paulo e espalharam-se pelo Brasil. 

SINDICATO APEOC REPUDIA ATOS DE VIOLÊNCIA CONTRA PROFESSORES EM JUAZEIRO DO NORTE


O Sindicato APEOC vem a público divulga nota em que repudia os atos de violência cometidos por membros da Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte, na região do Cariri, por ocasião da manifestação registrada na última terça-feira (18), contra a redução de salários dos professores.
Segundo o Sindicato, os atos foram praticados pelo secretário da Casa Civil, Giovani Sampaio.
Leia trecho da nota abaixo:
Tal atitude dos representantes da administração municipal de Juazeiro do Norte revela total insensibilidade à educação e a seus profissionais, inclusive, com agressões contra os contestadores desta nefasta situação, a exemplo do que ocorreu contra a pessoa do professor Aurélio Matias, vice-presidente regional do Sindicato APEOC no Cariri, agredido moral e fisicamente pelo referido Secretário.
O agressor já é reincidente, tendo inclusive agredido fisicamente jornalista, conforme já noticiado na imprensa à época.
A ação do Secretário do Raimundão é reveladora do desrespeito aos demais profissionais educadores contrários à redução de seus salários, explicita agressão aos princípios constitucionais de direito, merecendo repúdio de toda sociedade cearense.
Com essa atitude, o Prefeito de Juazeiro do Norte, hoje, nacionalmente, é considerado inimigo da educação e de seus trabalhadores.
Anízio Melo
Presidente do Sindicato APEOC
fonte: Ceará news7.com.br

EDIÇÃO EXTRA DO JC TRAZ TODOS OS DETALHES DO CERCO A RAIMUNDÃO


Edição extra do jornal do Cariri traz todos os detalhes do cerco a Raimundão

AMIGOS E AMIGAS leitores deste blog vocês precisam ler a edição extra especial do Jornal do Cariri que já está circulando em nossa região falando da situação política em Juazeiro do Norte e trazendo em detalhes o cerco dos professores ao prefeito de Juazeiro Raimundo Macedo na agência central do Banco do Brasil.

Corram para as bancas ou peguem nos postos de distribuição ou com seu gazeteiro. 
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Em virtude dos acontecimentos que viraram notícia nos principais veículos de comunicação do país, a equipe do Jornal do Cariri preparou uma edição especial sobre o protesto contra o prefeito Raimundo Macedo, que terminou em um cerco contra o prefeito. Raimundão sitiado em uma agência do Banco do Brasil de Juazeiro do Norte virou notícia até em tabloides internacionais.
A íntegra da edição extra do Jornal do Cariri pode ser lida no link:

PROTESTOS EM FORTALEZA


Ao menos 50 pessoas acabaram feridas e outras três presas após confrontos entre manifestantes e a Polícia Militar no entorno da Arena Castelão. Enquanto torcedores festejavam gols de Jô e Neymar, milhares de pessoas enfrentavam clima de terror nas avenidas de acesso ao estádio. O conflito foi o mais violento entre os que ocorreram durante jogos da Copa das Confederações até agora. A concentração do protesto “mais pão menos circo, copa para quem?” começou cerca de 10h e seguiu em direção ao Castelão às 12h. O grupo partiu do início da avenida Alberto Craveiro e pretendia alcançar o estádio, mas acabou contido por barreira da PM a menos de 300m do início - a mais de 2km da Arena.

Sob gritos de “cadê a liberdade” e “deixem o povo passar”, o movimento pedia passagem e a Polícia negava. O clima permaneceu pacífico até que um grupo reduzido de manifestantes começou a arremessar objetos e tentar remover barreiras da PM. Policiais recuaram e responderam com balas de borracha, gás de pimenta e muitas bombas de gás lacrimogêneo.

Logo nos primeiros disparos, dezenas de manifestantes que não estavam no conflito foram atingidos. Cinegrafistas e fotógrafos buscaram abrigo em imóvel abandonado, que foi alvo de granadas de gás. A repressão aumentou e o protesto se dividiu: uma parte retornou à Alberto Craveiro e outra seguiu pela rua Pedro Dantas. Nessa via, manifestantes incendiaram carro da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC).

Cavalaria da PM reconduziu o protesto para a Alberto Craveiro, onde as manifestações se mantiveram pacíficas até o início do jogo. Logo após o começo da partida, no entanto, a Polícia voltou a usar da violência para dispersar manifestantes. Criticando “ação desproporcional” da PM, a maior parte do protesto se dirigiu à BR-116, onde paralisou o trânsito. Na Alberto Craveiro, manifestantes formaram barricadas, incendiaram placas de trânsito e arremessaram pedras. A PM respondeu e avançou com a cavalaria sobre os populares. Na Paulino Rocha, manifestantes tiveram novo embate com o choque da PM.
fonte: jornal O Povo 

RAIMUNDÃO DIZ QUE PROTESTOS NãO ERAM CONTRA ELE. MAS CONTRA DILMA. RAIMUNDÃO ATÉ NISSO É TUCANO.


O prefeito Raimundo Macedo (PMDB) mostrando se rum político esperto, em todos os sentidos vem agora, depois de ficar encurralado por manifestantes numa agência do BB em Juazeiro, afirmando que os protestos que acontecem na terra de Padre Cícero não são contra ele, mas contra a presidenta Dilma Rousseff (PT). Até nisso, Raimundão sabe se rum bom tucano, não tem nada a ver com o PMDB. 
as manifestação em Juazeiro são contra ele e seu governo que não vem dando as respostas que a sociedade precisa e reivindica. Claro que fazem parte das manifestações que vem acontecendo em todo o País, mas a reclamação não é só contra Dilma, mas contra os políticos brasileiros, que, como Raimundão estão longe de usar seus mandatos e poderes  para garantir melhores condições de vida para a grande maioria da população.


Leia matéria abaixo publicada hoje no Jornal  O Povo.

Após ficar, por quase sete horas, encurralado dentro de uma agência do Banco do Brasil, na última terça-feira, o prefeito de Juazeiro do Norte, Raimundo Macêdo (PMDB), afirmou desconhecer que o teor dos protestos no município, distante 493,4 quilômetros de Fortaleza, seja de descontentamento com a atual gestão e peçam a saída dele do cargo. Na manhã de ontem, o prefeito já estava em Brasília, para reunião com ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco.

O protesto, intitulado “Fora, Raimundão”, reuniu professores, estudantes e outros apoiadores do movimento descontentes com a administração do prefeito. Reforçado pelas manifestações que têm acontecido em diversas partes do Brasil, centenas de pessoas tomaram as ruas da cidade na tarde da terça-feira, 18. Segundo o prefeito, ele estava saindo do banco quando viu a movimentação e afirmou ter ficado lá para evitar exposição.

“Eu estava saindo do banco e eles iam passando. (A manifestação) não foi programada diretamente para mim. Havia um movimento geral, eles iam descendo para a Câmara Municipal”, afirmou o prefeito. Questionado se tomaria alguma providência diante dos protestos em Juazeiro, Raimundão, como é conhecido, disse que “quem tem de tomar providência é a Presidente da República”, pois os protestos estão ligados a questões nacionais.

O prefeito voltou a negar que houve redução no salário dos professores do município e que o pagamento adiantado do dia 28 para o dia 21 deste mês será a prova de que não haverá desconto. O encontro em Brasília, juntamente com o secretário de desenvolvimento econômico e turístico do município, José Roberto Celestino, deve tratar das obras no aeroporto de Juazeiro do Norte.

Saída conturbada
A retirada do prefeito do banco contou com a ajuda de um carro da Polícia e terminou em conflito entre manifestantes e policiais. Raimundão disse desconhecer conflitos durante a saída do banco. No entanto, na página do Facebook do protesto, diversas pessoas postaram mensagens de repúdio à ação da Polícia. 

O estudante de Engenharia Ambiental do Instituto Federal do Ceará (IFCE), em Juazeiro, Marcos Vinícus, afirmou que, enquanto acontecia uma assembleia para decidir os manifestantes que entrariam para conversar com o prefeito, agentes da Guarda Municipal começaram a jogar spray de pimenta na multidão. No momento, alguns manifestantes reagiram, jogando latas e tintas. “Tentamos fazer um cordão para impedir a passagem do carro, mas a segurança, com truculência e xingamentos, empurrava os manifestantes”, afirmou.

Raimundo Macêdo deixou o banco quase à meia-noite, escoltado por policiais. O cerco impossibilitou o prefeito de estar presente na abertura do festival junino Juáforró, que teve início na noite da terça-feira com a presença da banda Aviões do Forró. O evento é uma das críticas dos manifestantes devido à verba milionária destinada para a realização.

A notícia do cerco ao prefeito dentro da agência bancária foi destaque no noticiário nacional e internacional. Jornais como o The New York Times, dos Estados Unidos, e Le Monde, na França, destacaram o protesto no Interior do Ceará. 

Apesar da situação em que foi colocado pelos manifestantes, o prefeito afirmou estar “com a consciência tranquila”.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

ADIADA VOTAÇÃO DA PEC 37

Por falta de consenso entre policiais e procuradores, a Câmara dos Deputados decidiu adiar a votação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 37, proposta que tira poderes de investigação do Ministério Público. A análise prevista para acontecer na próxima quarta-feira (26) foi adiada para o mês de julho ou para o segundo semestre.

Na manhã dessa terça-feira (18), Câmara Municipal de Fortaleza de Fortaleza discutiu o tema. Os vereadores foram unanimes em reprovar a proposta. O líder do governo na Casa, Evaldo Lima (PCdoB), apesar de ainda não ter um posicionamento oficial do partido, não se furtou a dar sua opinião: “Apesar de o meu partido ainda não ter centralizado o debate, não ter uma posição oficial sobre o comportamento da bancada federal durante a votação, eu tenho um profundo respeito pelo MP e, pessoalmente, defendo mais investimentos para o MP”, declarou.

 O vereador Capitão Wagner (PR), que também acompanhou a audiência, elogiou as manifestações populares, que tinha o repúdio à “PEC da impunidade” como uma das bandeiras. “O povo está de parabéns, o movimento “Fortaleza Apavorada” foi pacífico, sem confrontos, e os manifestantes e policiais estão de parabéns”, disse o vereador.

Wagner falou, ainda, sobre a falta de estrutura que limita a autonomia da Polícia Civil para realizar uma investigação independente e, por esse motivo, se posicionou contrário ao monopólio da polícia. “Sou totalmente contra a PEC 37. Defendo a investigação por parte do MP. Afinal de contas, quanto mais gente investigando, menor a probabilidade de acontecer alguma coisa errada.”

O pessolista João Alfredo aproveitou seu pronunciamento para lembrar que a proposta também atinge a outros órgãos públicos, tais como TCU, CGU , IBAMA, COAF e Receita Federal. “Ou seja, não é exagerado dizer que é a PEC da Impunidade. E a população não pode deixar essa discussão no Congresso Federal, porque há muitos parlamentares que estão lá e na mira do MP”, alertou.