Em nova coluna em seu blog no 247, Paulo Moreira Leite prevê "uma configuração diferente da atual" no Palácio do Planalto no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. "Nela se destacam Aloizio Mercadante, Jaques Wagner e Miguel Rossetto", que tiveram papel fundamental na campanha que levou à reeleição da petista. "O certo é que a presidenta quer os três por perto e fala-se deles, na Brasília de Dilma, com uma reverência que há muito tempo não se via", diz PML.
O jornalista fala ainda sobre o movimento "Volta Lula", que em 2015, segundo ele, "deixa de ser um problema, até pelo impedimento legal de Dilma candidatar-se a um terceiro mandato consecutivo", além de, "ao colocar Lula no primeiro lugar da fila, o que se garante é a disciplina dos eventuais pretendentes", que não se atreveriam a disputar com o líder maior do partido. "A pergunta é saber se Lula irá tentar o retorno, em 2018, quando estará com 73 anos de idade", pondera.
Paulo Moreira Leite vê, a partir do próximo ano, o Brasil "sob o governo de uma presidente cada vez mais ciosa de suas prerrogativas e direitos de reeleita". Em sua opinião, "o ritual da vitória, na noite de domingo, espelha isso". PML destaca o papel da militância do PT, que em sua avaliação, "deu à campanha um tom bem mais à esquerda do que o governo Dilma em seu cotidiano".
E ainda sobre a comemoração da reeleição em Brasília, afirma: "a vitória por uma diferença magra chegou a assustar o PT. Personagens graúdos até imaginaram o pior. Mas depois do domingo, aquela força social que parecia sem orientação e sem grande motivação durante muitos anos havia recuperado a própria identidade e tinha muita clareza sobre aonde quer chegar — e essa é uma das boas novidades da vitória".
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