“Sou da tese de que essa coalizão precisa ser revista”, afirmou, nesta terça-feira, o vice-presidente nacional do PT, deputado federal José Nobre Guimarães, durante entrevista à Rádio Cidade AM de Fortaleza. Guimarães reagiu dessa forma ao ser indagado pelos radialistas Alano Maia e Fábio Braga se a presença do PMDB se transformou num fardo pesado para o Governo Dilma Rousseff (PT). Na disputa sucessória, lembrou que muitos peemedebistas não apoiaram a reeleição da presidente.
O parlamentar não poupou: “É um fardo pesado e essa coalizão terá que ser analisada.” Ele disse que não sabia qual a fórmula a ser adotada nesse processo, mas defendeu que a base aliada de Dilma seja até menor, mas coesa e comprometida. “Temos 350 parlamentares na base e muitos votam contra o Governo. Temos que rever essa coalizão. Não sei o caminho”, reiterou Guimarães, complementando: “Chega de traição!”
Ele informou que, na próxima segunda-feira, estará seguindo para Brasília, onde terá início o debate sobre a ação da base aliada, agenda legislativa e,enfim, como atuará o novo Governo Dilma Rousseff.
Para Guimarães, um outro dado: o Congresso que foi eleito, pelo perfil, é um dos piores da história” da Casa, porque muitos parlamentares comprometidos com suas lutas, acabaram não reeleitos, enquanto outros sem projetos ganharam espaço.
Por conta disso e de tanta dificuldade de se gerir o País, num cenário de tantos partidos e pouca ideologia, Jose Guimãres é a favor de uma reforma política já. Ele afirmou não aceitar que 28 partidos atuem num Congresso apenas por atuar, enquanto são poucos aqueles que, de fato, apresentam projetos ou querem influenciar no cenário político.
Chegou a citar que nos EUA, os partidos Republicano e Democrata sempre travaram pelejas eleitorais e sempre estiveram prontos para assumir os destinos do País, o que no Brasil não ocorre.
Blog do Eliomar de Lima
Jornal O Povo
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