Maíra Vasconcelos, Jornal GGN
A direita no Uruguai, representada pelos partidos chamados de brancos e colorados, respectivamente, Partido Nacional e Partido Colorado, perderam ao menos em três quesitos, presidência, parlamento e plebiscito, após a realização das eleições, no último domingo.
Levaram a disputa para o segundo turno, no entanto, terminam com menos voto do que esperavam e com as calculadoras em mãos, provavelmente não cheguem a vencer o pleito, no dia 30 de novembro. Com 98,9% das urnas apuradas, até o dia de hoje, o partido de governo, Frente Amplio (FA), que tem ao menos quatro pontos a mais do que todas as pesquisas de opinião haviam divulgado anteriormente, tem Tabaré Vázquez adiante com 47,9%, contra 30,9% de Lacalle Pou, do Partido Nacional. A diferença entre ambos, de pelos menos 17%, casa com a imagem das muitas bandeiras do FA dispostas nas varandas de casas e edifícios em Montevidéu, em diferentes bairros e zonas da capital uruguaia, onde 53,5% votaram pela continuidade do governo frenteamplista. Vale ressaltar que a prefeitura de Montevidéu, há 25 anos, é governada por diferentes membros do Partido Comunista.
Mujica, Lucía e Dilma
“A América Latina respirou com a vitória de Dilma”. A frase foi dita pela senadora Lucía Topolansky, mulher do presidente José Mujica, perseguida e mantida presa por 13 anos, na época da ditadura militar no Uruguai. Ela esteve presente na sede do partido Frente Amplio (FA), ontem, para acompanhar o resultado do primeiro turno das eleições. “Eu celebro (a vitória da Dilma Rousseff), porque o Brasil é um dos países mais importantes da América Latina, e o rumo da região estava alinhado com o Brasil”. Após os resultados das eleições de ontem, Lucía foi reeleita senadora.
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