O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou, nesta terça-feira, 30 de junho, ação de improbidade administrativa contra o prefeito municipal de Juazeiro do Norte, Raimundo Antônio de Macedo, acusado de desvio de recursos federais por meio de intermediação fraudulenta de mão de obra da área da Saúde. Somando-se todos os valores envolvidos no caso, foi identificado prejuízo aproximado de R$ 1,5 milhão aos cofres públicos.
Além do prefeito - atualmente afastado do cargo -, também são réus na ação o ex-secretário de Saúde de Juazeiro do Norte Francisco Plácido de Sousa Basílio, a empresa Dinâmica Cooperativa de Profissionais de Saúde e a representante legal da empresa, Eliane Ielpo de Assis.
De acordo com o procurador da República Celso Leal, autor da ação, vistoria do MPF realizada em abril de 2014 no hospital municipal São Lucas constatou que, embora desde janeiro de 2014 a prefeitura pagasse à empresa Dinâmica Cooperativa de Profissionais de Saúde valores referentes à prestação de serviços de profissionais de saúde, os mesmos médicos que prestavam serviços anteriormente continuavam prestando o mesmo serviço, sem qualquer vínculo com a cooperativa.
Ouvidos na Procuradoria da República, funcionários do hospital São Lucas confirmaram que a contratação da cooperativa foi feita apenas para justificar os repasses, já que a cooperativa não prestou efetivamente nenhum serviço. Os funcionários ouvidos pelo MPF também confirmaram que o serviço continuou a ser executado da mesma forma que era antes do contrato, sendo ainda responsabilidade dos diretores do hospital a gestão dos profissionais de saúde.
Para o MPF, a contratação da cooperativa, que envolveu cerca de R$ 8,5 milhões, consistiu apenas num meio de burlar os direitos trabalhistas dos profissionais para apropriação de verbas públicas federais, repassadas pelo Ministério da Saúde, já que a cooperativa jamais prestou qualquer serviço efetivo ao município de Juazeiro do Norte.
Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal no Ceará
Em estudo realizado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, e divulgado nesta segunda-feira, 29, ohomicídio foi apontado como principal forma de morte de adolescentes de 16 e 17 anos no Brasil. Os dados são da pesquisa Mapa da Violência: Adolescentes de 16 e 17 anos do Brasil.
O estudo mostra que dos 8.153 jovens dessa faixa etária que morreram no ano de 2013, 3.739 foram vítimas de homicídio, o que corresponde a 46% do total. A média é de 10,3 adolescentes assassinados por dia, segundo informações divulgadas pelo portal Estadão.
O estudo mostra que dos 8.153 jovens dessa faixa etária que morreram no ano de 2013, 3.739 foram vítimas de homicídio, o que corresponde a 46% do total. A média é de 10,3 adolescentes assassinados por dia, segundo informações divulgadas pelo portal Estadão.
Em 2012, o número de homicídio ocorridos na faixa etária em questão chegou a 3.627. Segundo projeção do pesquisador Waiselfisz, em 2015 esses homicídios chegarão a 3.816.
Ainda conforme dados da pesquisa, a taxa de mortalidade em 2013 ficou em 54,1 homicídios por 100 mil adolescentes. Em relação a 2012, o crescimento é de 2,7%. Já em relação aos últimos 10 anos, a taxa cresceu 38,3%. Se comparadas às taxas desde 1980, o crescimento atingiu 496,4%.
Para o pesquisador, com a redução da maioridade penal, o crescimento das taxas de homicídios entre adolescentes de 16 e 17 anos poderá triplicar.
O Nordeste é a região do País com números mais elevados com relação a esses homicídios. A cada 100 mil adolescentes, 73,3 foram assassinados; o Centro-Oeste vem logo atrás no ranking.
Para o pesquisador, com a redução da maioridade penal, o crescimento das taxas de homicídios entre adolescentes de 16 e 17 anos poderá triplicar.
O Nordeste é a região do País com números mais elevados com relação a esses homicídios. A cada 100 mil adolescentes, 73,3 foram assassinados; o Centro-Oeste vem logo atrás no ranking.
Ainda conforme divulgado pelo Estadão, as dez cidades onde mais morreram jovens da faixa etária em questão foram: Simões Filho (BA), Lauro de Freitas (BA), Porto Seguro (BA), Serra (ES), Ananindeua (PA), Maceió (AL), Marituba (PA), Itabuna (BA), Santa Rita (PB) e Fortaleza (CE). Os Estados que apresentaram menor índice são Piauí, Acre, Rondônia, São Paulo, Santa Catarina e Tocantins.
jornal O Povo
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