Maracanã vibrou, na tarde de ontem, com o bom futebol da seleção brasileira masculina de futebol. Como há muito não se via em jogo do time nacional. Ao golear Honduras por 6 a 0, a equipe verde-amarela garantiu vaga na final da Rio-2016. Pelo ouro, enfrentará a Alemanha, às 17h30min de sábado, 20, no mesmo estádio carioca que brilhou nas semifinais. Apesar do peso histórico do adversário, uma vitória sobre os alemães não terá impacto suficiente para ser “revanche” dos 7 a 1 da Copa do Mundo. Mas chega com esta decisão a hora de mais um passo no início de reconstrução da identidade canarinho, contra representantes da pátria que a tornou urgente.
Conquistando ou não o título inédito em Jogos Olímpicos, o Brasil Sub-23 regido por Neymar tem aberto novas perspectivas no futebol nacional. O técnico Rogério Micale cria bases para o trabalho de Tite à frente do time principal, com muito estudo e aplicação de conceitos de jogo modernos. Os resultados não vieram de imediato. Foram dois empates sem gols até os talentos da seleção encaixarem coletivamente e emplacarem três expressivas vitórias.
Quando começou a balançar as redes, a equipe tornou as vaias em surpresas pelo time invicto no campeonato e sem sofrer um gol sequer. Fruto do amadurecimento de uma identidade tática sólida.
Um time de quatro atacantes — Neymar, Gabigol, Gabriel Jesus e Luan — que é forte defensivamente e sitia o campo adversário. A postura empolga o torcedor. E só foi capaz porque, enfim, a comissão técnica brasileira passou a priorizar a elaboração de equipe bem treinada, à frente da busca pelos resultados.
Contra os alemães, que triunfaram ontem sobre a Nigéria por 2 a 0 na outra semifinal, o futebol do País terá oportunidade de mostrar que reage após a humilhação de 2014. Admitiu que precisa evoluir e não depender apenas do talento de seus atletas.
As palavras de Gabigol traduzem o sentimento do jovem grupo acerca do encontro com a Alemanha. Não existe sentimento de vingança, mas sim do início de outra história. Melhor para o Brasil. “Não tem como mudar o passado, mas tem como fazer o futuro”.
PASSEIO
Na semifinal, diante dos líderes do Grupo B, o Brasil sobrou em campo. Os gols de Neymar (2), Gabriel Jesus (2), Marquinhos e Luan confirmaram uma equipe treinada para dominar as ações ofensivas.
A falta de eficiência do contra-ataque hondurenho também provou a competente disposição tática da defesa brasileira, que pouco deixou o goleiro Weverton sofrer incômodos ao longo dos 90 minutos.
RIO-2016 6 x 0
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