terça-feira, 23 de agosto de 2016

Mais de 600 óbitos infantis este ano no Ceará

Em 2016, foram registrados 634 óbitos infantis (em 2015 foram 911), sendo 59,1% destes classificados como evitáveis, em sua maioria decorrentes de problemas à assistência adequada ao recém-nascido. Nestes oito meses, o Estado teve ainda 558 mortes fetais (em 2015 foram 1.598), número semelhante ao de óbitos infantis, o que reforça a necessidade de uma melhor atenção à assistência pré-natal.

De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), nesta segunda-feira, 22, “o caráter invisível do natimorto e o luto silencioso, não reconhecido socialmente, têm como desdobramento a inexistência de políticas públicas voltadas para prevenção do óbito fetal”.

O documento indica ainda outras duas realidades: a falta de registro dos natimortos (que morre dentro do útero ou no parto), resultado da não valorização da morte fetal e não utilização da informação para avaliação dos serviços de saúde; e frequente confusão entre óbito fetal e aborto, que faz com que muitos natimortos deixem de ser registrados. Assim como o erro de registro dos nascidos vivos que morrem logo após o nascimento, como óbito fetal.

- Jornal O Povo

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