
Aprovado o relatório do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) por 59 votos a 21, na madrugada de ontem, parlamentares favoráveis e contrários ao processo de impeachment se articulam para a etapa final do julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).
Aliados de Dilma seguem otimistas quanto à possibilidade de reverterem o resultado desfavorável, que deu prosseguimento ao julgamento e tornou a petista ré.
Ex-líder do governo no Congresso na gestão petista, o senador José Pimentel (PT-CE) minimizou o aumento dos votos favoráveis ao afastamento quando comparadas as etapas de admissibilidade da denúncia na Casa (55 votos) e a votação do relatório da comissão no Senado.
"O objetivo dos defensores do golpe parlamentar e do golpista Michel era chegar a 63 votos. O que eles fizeram foi só manter os votos do PMDB que tinham se ausentado na primeira fase. Portanto, o resultado é próximo à fase anterior", afirmou.
Pimentel acredita que parte dos votos favoráveis ao afastamento definitivo de Dilma é oriunda de acordos feitos com senadores que devem disputar cargos majoritários em 2018. Um desses acordos, segundo o parlamentar, é a renegociação de dívidas dos Estados do Sul e Sudeste do País.
Ex-líder do governo petista na Câmara dos Deputados e vice-presidente nacional do PT, o deputado federal José Guimarães afirmou que uma das estratégias para barrar o impeachment é recorrer a órgãos internacionais.
Após a aprovação do relatório do senador tucano, parlamentares petistas protocolaram representação na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), para suspender o processo.
- Jornal O Povo
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