sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Queimadas se intensificam na Chapada do Araripe



A baixa umidade do ar, as altas temperaturas e a falta de chuvas são fatores que, juntos, facilitam a ocorrência de incêndios neste período do ano, sobretudo em grandes áreas com vegetação, como é o caso da Chapada do Araripe, na região do Cariri. Nesse fim de semana último, uma queimada destruiu alguns hectares no bairro Granjeiro, no sopé da serra.

Há seis dias, um fogo destrói a vegetação nativa na Serra de Alencar, na zona rural de Iguatu.

Casos como estes passam a ser mais frequentes em várias regiões a partir do fim de julho e início de agosto, conforme explica o major do Corpo de
Bombeiros de Juazeiro, Norberto Santos. "É importantíssimo que a população se conscientize e trabalhe junto conosco, no sentido de não facilitar ainda mais os incêndios. Alertamos para não jogarem lixo nas ruas ou terrenos baldios e não tocar fogo. Muitas vezes um pequeno foco se
alastra e toma grandes proporções".

Segundo o coordenador do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Vicente Alves Moreira, somente no ano passado, foram mais de 110 incêndios combatidos pelo Corpo de Bombeiros e pela Brigada de Incêndio do ICMbio. "Uma considerável parte desses incêndios poderia ter sido evitada se a população tivesse mais consciência", disse. O alerta fica ainda mais importante devido à redução no número de brigadistas do Instituto.

Para minimizar os possíveis prejuízos causados pelo fogo, os brigadistas do ICMbio realizaram na manhã dessa terça-feira, um trabalho preventivo na Chapada do Araripe. "Fizemos os aceiros (faixa de terra limpa para evitar a passagem do fogo) e orientamos as comunidades do entorno das unidades sobre condutas que colocam em risco a natureza", afirmou Vicente.

- No Diário do Nordeste

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