Em: 12.11.2007 - às 15:23
Nota de esclarecimento sobre a greve dos professores
A Administração da Universidade Regional do Cariri, em face da decisão da Assembléia dos Docentes realizada no último dia 07 (sete) de novembro torna público que:
não referendará nenhum gesto ou procedimento que signifique negar, a quem quer que seja, o direito de ministrar ou assistir aulas, além de garantir que será mantido o livre acesso às dependências da Universidade;
tomará as providências necessárias à proteção do patrimônio público;
serão mantidas as atividades administrativas, no horário regular de expediente.
Julgamos imprescindível destacar que, na reflexão de um expressivo segmento de docentes, numericamente muito superior aos que compõem os cargos nomeados nesta Administração, a greve não tem origem nas alegadas questões salariais.
Todos sabemos que o percentual de reajuste posto em pauta pelos sindicatos (130% de reajuste, parcelado entre 2007 e 2008) é defendido sem memória de cálculo, apesar da flagrante incongruência com os 62,6 % que estavam em pauta na histórica greve de 2006, de que todos participamos.
Trata-se hoje de uma greve de desgaste do Governo, no Plano Estadual, e da Reitoria, no plano local. A estratégia de obter lucros políticos com a greve contra o Governo e contra a Reitoria perde solidez diante do êxito expresso nas seguintes iniciativas da atual Administração:
fim das taxas cobradas aos discentes da graduação da URCA;
instalação da Comissão de Auditoria nas contas da FUNDETEC, com suporte da empresa MARPE Auditores Associados e MARPE Contadores Associados, contratados para tal;
aquisição de 361 computadores para informatizar a Universidade, inclusive democratizando o acesso ao laboratório de informática, que passam, cada um, a atender no máximo dois cursos.
reformas estruturais para garantir livre acesso a pessoas com deficiência física;
aprovação de Mestrado em Bioprospecção Molecular, pela CAPES, com conceito 4 e com início da primeira turma em setembro próximo passado, além de garantia, para 2008.1 de recursos da ordem de 2 milhões de reais, para instalações e equipamentos;
aprovação de custeio complementar para 2007, da ordem de 419 mil reais;
aprovação, pelo Governo Federal, de 100 mil reais, para melhorias de serviços de impressão gráfica.
Reafirmamos assim nosso projeto de construir uma Universidade pública, gratuita, pautada na qualidade e referendada socialmente. Reafirmamos também que a greve, como instrumento de luta é um último recurso, reservado a etapa em que as negociações não mais progridem, o que não é factual neste momento, uma vez que permanecem abertos os canais de negociação.
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