A música produzida na região do Cariri é mesclada pela diversidade. Entretanto a participação das bandas, músicos e demais artistas do segmento musical ficam de fora de uma das principais festas da região do Cariri, que é a Expocrato e a Festa de Santo Antônio de Barbalha. O Palco principal é destinado às bandas pasteurizadas que produzem e reproduzem apologia ao machismo, a violência, a vulgarização sexual e ao uso de drogas ( licitas – como a bebida alcoólica uma das principais responsáveis por casos de mortes no país). A indústria cultural de massa exclui a produção musical marcada pela responsabilidade social e fincada da identidade do nosso povo.
É preciso estabelecer uma política pública para área musical capaz de inverter a lógica que persiste, aonde o Poder Público financia as grandes empresas do lixo cultural. O poder público financia desta forma a farra da violência cultural.
A população é condicionada a achar que gosta do que é produzido pela indústria cultural de massa. O fato é que o acesso aos Crews e os Tchans são reproduzidos numa velocidade nunca vista. São emissoras rádios, televisões, etc e o Poder Público financiado a alienação da população.
O que resta para os artistas locais no período da Expocrato são os palcos Alternativos que ficam fora do Espaço Privatizado da Exposição, sendo submetidos a pagamentos de cachês baixíssimos.
Neste sentido o Coletivo Camaradas e músicos da região do Cariri estão iniciando um debate para mobilizar a categoria e provocar o Poder Público para necessidade de estabelecer uma Política Pública para o setor musical que contemple dois viés: a geração de renda para os músicos locais e critérios públicos para contratação de shows musicais. A intenção é que circule um manifesto que será encaminhado ao Secretaria de Cultura do Estado do Ceará e ao Governador Cid Gomes, bem como aos prefeitos da região do Cariri.
Nos próximos 10 dias estará sendo divulgado o local de encontro para discutir essa questão.
Texto do Pauta Cariri
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