O trânsito vem sendo mesmo considerado um dos principais problemas para as autoridades brasileiras. Diariamente milhares de acidentes acontecem no Brasil e pessoas morrem. No Ceará o trânsito também é um dos problemas das autoridades. Em nosso estado, uma média de quatro pessoas morrem por dia no trânsito e, no Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza, os motociclistas respondem por 40% das internações. Falta, agora, colocar em prática e reforçar ações que possam reverter esses índices, como vem sendo discutido no 6º Congresso Brasileiro de Trânsito e Vida, que segue até amanhã. O objetivo do evento é, reunindo autoridades da área de trânsito e saúde, formular propostas que possam reduzir o número de acidentes — e mortes — registrados no Brasil, a exemplo da Lei Seca, que tem mudado o hábito de muitos motoristas, e enviá-las ao Senado Federal. E o primeiro passo é analisar o quadro atual. Segundo Mário Conceição, presidente da Federação Nacional das Associações de Detrans (Fenasdetran), 70% dos leitos públicos são ocupados por vítimas do trânsito. E mais: são 1000 acidentes por dia no País, com cerca de 100 óbitos, totalizando 35 mil por ano. Para João Pupo, superintende do Departamento de Trânsito do Ceará (Detran-CE), a redução no número de acidentes exige uma relação bem construída entre os órgãos de trânsito. Segundo ele, no Estado, há falha na fiscalização. “Dos 184 municípios cearenses, somente 46 tem municipalização no trânsito, ou seja, a população não vê problema em não usar o capacete ou o cinto de segurança, pois não tem quem fiscalize’’, confessa. Na avaliação do Detran, a própria Lei Seca já vem apresentando resultados positivos. A exemplo do número de mortos em acidentes de trânsito registrados no Ceará, que, nos cinco primeiros meses deste ano, teve redução de 23,4%, se comparado a igual período de 2008. Hoje, no Estado, são 62 bafômetros e 41 pontos de blitze por semana para fazer com que a Lei 11.705, que prevê pena de seis meses a três anos de detenção, multa e suspensão da habilitação para quem dirige após ingerir bebida alcóolica, seja respeitada.
fonte: DN
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