segunda-feira, 25 de junho de 2012

Paraguai suspenso do Mercosul

O Brasil e as demais nações da América do Sul decidiram suspender o Paraguai das uniões de livre comércio do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) até que se realizem as eleições presidenciais paraguaias, previstas para abril do ano que vem.


A medida é uma resposta ao impeachment do presidente Fernando Lugo ocorrido na última sexta-feira. Os países vizinhos querem desencorajar processos semelhantes em outros parceiros da região.

O encontro que decidirá o destino imediato do Paraguai está marcado para a próxima sexta-feira, durante reunião do Mercosul, na Argentina. O Paraguai deve ficar de fora, embora seu novo chanceler já tenha dito que quer ir e explicar a crise em seu país.

Não se sabe quais efeitos do isolamento paraguaio do Mercosul e da Unasul, mas espera-se que a suspensão pressione o atual governo.

O Palácio do Planalto determinou que o Brasil só adote decisões coletivas e no âmbito de organismos multilaterais. O novo chanceler designado do Paraguai, José Félix Fernández, disse que buscará dialogar com seus colegas sul-americanos para distender as relações após os duros questionamentos de Argentina, Brasil e Uruguai por conta da destituição do presidente Fernando Lugo em um breve julgamento político.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ordenou ontem a retirada do embaixador venezuelano em Assunção, José Franciso Javier Arrué, e a interrupção do envio de petróleo ao Paraguai.

“Ordenei retirar nosso embaixador de Assunção. E também vamos retirar o envio de petróleo. Sentimos muito, mas nós não vamos apoiar de forma alguma esse golpe de Estado”, afirmou Chávez nas cerimônias de comemoração do 191º aniversário da batalha de Carabobo.

Em Brasília, manifestantes realizaram um ato de protesto contra o impeachment de Fernando Lugo em frente à Embaixada do Paraguai.







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