A estação chuvosa de 2012 no Ceará, compreendida entre os meses de fevereiro e maio, foi marcada pela irregularidade espacial e temporal das precipitações. Nesta quarta-feira (13), a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) realizou uma reunião de avaliação do período e constatou que as chuvas ficaram abaixo da média em todas as macrorregiões do Estado. Para todo o Ceará, as precipitações observadas ficaram 50,7% abaixo da média histórica. A média climatológica para o período é de 606,4 milímetros e choveu 299,2 milímetros.
“Apesar de ser um ano de La Niña, que normalmente é um indicativo de chuvas mais regulares no semiárido nordestino, houve uma indefinição nas temperaturas do Oceano Atlântico e isso ocasionou um distanciamento da Zona de Convergência Intertropical, que é o principal sistema causador de chuva no Ceará”, explica a meteorologista Meiry Sakamoto.
Ela destaca que, ainda em janeiro, quando a Funceme divulgou o prognóstico da estação chuvosa, haviam altas probabilidades de chuvas entre a média e abaixo da média. “Já em fevereiro, passamos a preocupação a respeito da falta de chuvas para os órgãos do Governo do Estado responsáveis pela agricultura e pela gestão dos recursos hídricos. Isso proporcionou uma antecipação na tomada de decisões, pois já em abril foram lançados programas de apoio aos agricultores que tiveram perda de safra”, lembra a meteorologista.
Pós estação
A estação chuvosa no Ceará terminou oficialmente no dia 31 de maio, entretanto, na Capital, Região Metropolitana e Litoral Leste, a Funceme ainda observa a ocorrência de chuvas de pequena intensidade. Essas precipitações, que se concentram na madrugada e no início da manhã, são uma consequência da atuação de sistemas conhecidos como Ondas de Leste, característicos do período da pós estação chuvosa. Eventos como este acontecem, normalmente, nos meses de junho e julho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário