quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Campanha no Ceará tem novo dia de apreensões e batidas policiais

A disputa eleitoral no Ceará teve ontem mais um dia de intenso acirramento e batalhas judiciais. Amanhecendo com batidas da Polícia Federal em comitês tanto de Camilo Santana (PT) quanto de Eunício Oliveira (PMDB), o dia teve até apreensão de material difamando ambos os candidatos. Conforme O POVO de ontem já prenunciava, o “vale-tudo” dá sinais de que seguirá constante até o fechamento das urnas neste domingo.

Logo pelas 8 horas da manhã de ontem, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca em comitês de Eunício e Camilo em Fortaleza. Não houve balanço oficial da ação até o fechamento desta página. As equipes de ambos os candidatos, no entanto, negaram quaisquer apreensões.

Segundo o procurador regional eleitoral, Rômulo Conrado, as ações partiram do Ministério Público e buscavam materiais irregulares, como bonés, camisetas e chaveiros. A ideia era evitar distribuição desses aparato no dia da eleição. “Como no 1º turno tivemos apreensão de materiais do tipo, como distribuição de vestimentas padronizadas, decidimos fazer”, disse.

Procuradas pelo O POVO, campanhas se manifestaram de maneira distinta sobre o caso. Para o grupo de Eunício Oliveira, batida foi “intimidatória”. Já campanha de Camilo classificou a ação como “padrão” para reta final da disputa. Rômulo Conrado destaca que ações foram “gêmeas” em ambos os comitês.

Apreensões
Na manhã de ontem, também foram detidas seis pessoas, três delas menores, por distribuírem jornais e discos de DVD com material ofensivo a Eunício Oliveira. Segundo a Polícia Federal, foram apreendidas três caixas com 1,6 mil mídias e seis fardos de jornais. 

Nos materiais, eram exploradas questões como aumento patrimonial e suposto enriquecimento ilícito do candidato. As denúncias já haviam sido exploradas em vídeo intitulado “O segredo de Eunício”, proibido pela Justiça Eleitoral do Ceará. O jornal é assinado pelo jornalista Carlos Silva, que negou ter qualquer relação com Camilo Santana.

Na tarde de ontem, foi determinado pelo Tribunal Regional Eleitoral o recolhimento de uma série de faixas com mensagens ofensivas a Camilo. Segundo a campanha petista, mais de 20 faixas não assinadas teriam sido espalhadas na periferia de Fortaleza.

“Vai querer continuar sofrendo com a violência?” e “Você sabia que Camilo responde a processos por desvio de verba?” são parte do conteúdo das faixas apócrifas.

SERVIÇO

Denuncie crimes eleitorais ao TRE-CE
Onde: http://www.tre-ce.jus.br/
Na aba central, parte inferior da página, procure link “DENUNCIE”

Saiba mais

1. Faixas apócrifas
Em decisão na tarde de ontem, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE) determinou a apreensão imediata de uma série de faixas sem assinatura com frases com teor ofensivo a Camilo Santana em Fortaleza. “Vai querer continuar sofrendo com a violência?” e “Você sabia que Camilo responde a processos por desvio de verba?” são parte do conteúdo das faixas apócrifas. O POVO recebeu imagens das faixas anti-Camilo expostas em passarelas na Avenida Washington Soares, uma das mais movimentadas da capital cearense. De acordo com a campanha petista, outras 20, pelo menos, foram espalhadas por bairros da periferia. A campanha de Eunício Oliveira nega a autoria ou qualquer participação na fabricação dos cartazes. 

2. Jornais e DVDs
Na manhã de ontem, seis pessoas, entre elas três menores, foram detidas distribuindo jornais e DVDs com ataques contra Eunício Oliveira. O material explorava suposto enriquecimento ilícito do peemedebista, enquanto conterrâneos de Lavras da Mangabeira continuariam miseráveis. O material é assinado pelo jornalista Carlos Silva. Procurado pela reportagem, ele negou qualquer relação com a campanha de Camilo Santana e diz que atua há 26 anos na Rádio Assunção de Fortaleza. Ele admitiu ter publicado vídeo contrário a Eunício no Youtube, mas negou ter envolvimento com qualquer mídia como a apreendida ontem. “Passei o dia todo fora de Fortaleza, só cheguei agora. Teria que ver melhor o material para dizer”.

jornal O Povo 

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