quarta-feira, 3 de agosto de 2016
André Figueiredo critica "pacote de maldades" do Governo Federal
É notório que a dívida pública é hoje a principal vilã que sangra os investimentos do país. Ela representa mais de R$ 962 bilhões segundo dados do Sistema SigaBrasil do Senado Federal (SIAFI) de 2015 ou, em termos mais simples, 45% de todos os rendimentos do país. A situação nos estados e municípios não é diferente, a maioria deles sofre com a estagnação da economia e dificuldades financeiras. Entretanto, as imposições trazidas pela Proposta de Lei Complementar (PLP) 257/2016, que trata da renegociação das dívidas dos estados e do ajuste fiscal aplicado aos servidores públicos, não são a solução. Entre as medidas prejudiciais está a impossibilidade de reajuste para servidores por dois anos e a elevação da contribuição desses trabalhadores para a Previdência Social.
O deputado federal André Figueiredo usou a palavra na tribuna nessa terça-feira para criticar a proposta e aqueles que a defendem. Para André, o PLP 257 é um "pacote de maldades" que privilegia a lógica do rentismo em uma busca incansável para aumentar a rentabilidade do sistema financeiro. Somente no último mês, a dívida pública subiu 80%, mais um recorde infeliz.
"Todos esses arremedos de arrocho e ajuste fiscal são uma forma de jogar para uma plateia um problema muito mais profundo. Ao colocar no mesmo patamar estados que já estão completamente endividados com aqueles estados cuja dívida já foi paga, colocamos ambos em uma situação de impor restrições ao funcionalismo e congelar salários", acusou o parlamentar.
Além de André Figueiredo, a Central de Sindicatos Brasileiros (CSB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro) e o Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas do Distrito Federal (SAE-DF) também já se pronunciaram contra a proposta. De acordo com a CSB, o PLP 257 representa "a nacionalização do arrocho fiscal, do desmante dos serviços públicos e do aprofundamento da crise".
A matéria poderá ser analisada ainda nesta semana em regime de urgência.
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