PÓLO 1 – ALDEIA CARIRI CRATO
10h – Mostra Menino Cariri – Lasanha e Ravióli - Ana Barroso e Mônica Biel (RJ)
Neste espetáculo, a história de Cinderela é apresentada sob a ótica dos palhaços Lasanha e Ravioli em uma circunstância especial: trata-se de uma estréia. Dessa forma, através do conhecido conto de Charles Perrault, aborda-se também um outro universo, divertido e cheio de estímulos, o universo do teatro e tudo o que ele envolve: o cenário, os figurinos, a luz, a sonoplastia, a relação com o público, o nervosismo de uma estréia e a enorme solidariedade necessária para que tudo aconteça. Ao mesmo tempo, apesar de tantas interferências, a história da peça se desenvolve com clareza, mantendo-se fiel à essência e aos personagens do conto. Texto: Mônica Biel / Direção e atuação: Ana Barroso e Mônica Biel.
Local: Teatro Municipal/ R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (estudantes, comerciários e idosos a partir de 65 anos).
Mostra de Rua
17h - 3 Bonde + - Cia Bando de Rua (Fortaleza – CE)
Viajar pelo universo do teatro popular, revisitando sua musicalidade, seu humor, sua alegria, através de personagens comprometidos em contar a história do próprio artista, seus caminhos surpreendentes, seus conflitos circunstanciais, sendo absolutamente universal no sentido da busca. Assim se conta a saga de dois artistas de rua em busca de sua sobrevivência, contando apenas com sua arte e com a piedade dos passantes. Até que um dia eles são descobertos por um produtor inescrupuloso que os leva para o mundo do espetáculo. Conhecem uma dama do teatro de revista e com ela formam um trio, os 3 Bonde +.
Local: Cirquinho RFFSA/Gratuito
17h – Terreiradas - Terreiro de Mestre Dedé de Luna
Fundado em 1951, quando o jovem mestre Dedé de Luna agrupou agricultores, cortadores de cana e cambiteiros, formando o reisado. Nos anos 70, com dificuldades oriundas da falta de apoio e interesse dos brincantes, o reisado foi desativado. Em 1984, a pedido das filhas adolescentes, Mazé, Dita e Penha, o reisado voltou a se apresentar. Com a morte do Mestre, as três irmãs assumiram, e hoje os brincantes formam a terceira geração. Atualmente, o grupo é misto e incorpora a lapinha, além dos reisados mirim e juvenil.
Local: Bairro do Muriti
18h - Mostra de Tradição Oral - Reisado de Couro / Banda Cabaçal Nossa Senhora da Conceição
Reisado de Couro (Barbalha – CE)
José Pedro começou sua atividade de “brincador” de reisado de couro no Sitio Barro Vermelho, em Barbalha, há 50 anos. Hoje, aos 78 anos, é o mais antigo integrante do grupo e atual chefe. Ele não perde o ritmo e ainda tem ânimo para ensinar aos mais jovens e manter ativo o seu Reisado de Couro.
Banda Cabaçal Nossa Senhora da Conceição (Barbalha – CE)
Surgiu no distrito de Arajara há 50 anos sob a batuta do Mestre Juvenal (in memorian). Tocando em renovações, procissões, festas de pau-de-bandeira o grupo é formado por: Zé Guida (pife), Vovô (caixa) e Zé Nilton (zabumba). Executam desde hinos aos santos até as tradicionais peças de domínio popular.
Local: Praça da Sé (Crato)
19h - Cena Cariri em Debate - O Último Dia de Glória Cia Livremente (Juazeiro do Norte – CE)
A peça narra a aventura de Glória Star, uma atriz residente em Juazeiro do Norte, que está prestes a partir para a gravação do seu primeiro trabalho em cinema, o longa-metragem “As paixões Caudalosas do Doutor Edgar”, no qual interpretará o discreto papel da secretária Dolores Tavares. Mesmo vivendo um discreto papel, o passaporte ao mundo do cinema representa reconhecimento social e bajulações familiares. Em meio à arrumação das malas para a grande viagem, Glória Star recebe um telegrama avisando que o filme foi cancelado devido ao decreto do presidente Fernando Collor de Mello pondo fim a Embrafilme. A notícia transforma sonho em angústia, forçando Glória Star a enfrentar peripécias e desafios para ter resguardado seu direito de ser artista – de fazer cinema. Nesta nova montagem a Cia. de Teatro LivreMente visa, portanto, aprofundar sua pesquisa no campo da comédia tradicional popular, lançando mais uma vez sua atenção para a convivência paradoxal entre os ditames da cultura midiática e a resistência às vezes pusilânime da cultura popular.
Local: Teatro Rachel de Queiroz / R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (estudantes, comerciários e idosos a partir de 65 anos).
19h - Galpão das Artes - Círculo de Giz Caucasiano – Cia. do Latão (SP)
Escrita por Bertolt Brecht entre 1944 e 1945, durante o exílio nos Estados Unidos, O Círculo de Giz Caucasiano é uma peça de narrativas concêntricas: um prólogo em que um grupo de camponeses se reúne para discutir o direito à propriedade.
Local: Galpão das Artes / R$ 8,00 (inteira) e R$ 4,00 (estudantes, comerciários e idosos a partir de 65 anos).
19h – Colóquio Video-Poemas de Henrique Dídimo (Fortaleza – CE)
Conversa sobre videopoesia, com Henrique Dídimo, com a exibição de alguns de seus videopoemas. palavra poética buscando novos suportes, além da voz e do papel. Palavra que se agrega a imagens e sons, compondo a tessitura da videopoesia. Entre idéias e inquietações, um pouco da história da poesia contemporânea, da arte de fazer vídeo, da fluidez e desconstrução do texto. E um pouco da trajetória da videopoesia no Ceará, dos métodos de trabalho, da busca por uma linguagem pessoal. Falas que se sobrepoem a imagens, exibições dos videoemas recentes, momentos representativos do trabalho do autor. Após o colóquio, será lançada a Revista Gazua. A Gazua é a chave retorcida que abre as portas do verso ao texto de invenção, ao exercício de poesia, afinando-se com o fazer poético contemporâneo. É editada no Ceará, mas trava um diálogo com nomes da literatura nacional e latino-americana, como Ademir Demarchi, Victoria Cocconi, Rodrigo Marques, Glauco Mattoso, Laura Erber, Alexandre Barbalho, Cláudio Daniel, Érica Zíngano, Fabiano Calixto, Victor Sosa, Ivaldo Ribeiro, Jussara Salazar, Virna Teixeira etc. É editada pelos poetas Eduardo Jorge, Henrique Dídimo, Diego Vinhas e Júlio Lira
Local: Café Literário RFFSA / Gratuito
20h - Conexão Brasil - Gaiola de Moscas Grupo Peleja (Campinas – SP)
Espetáculo baseado no conto homônimo do premiado escritor moçambicano, Mia Couto, e na corporeidade da manifestação popular do Cavalo Marinho, Brincadeira da Zona da Mata Norte de Pernambuco. A narrativa de Zuzé Bisgate, Armantinha e Julbernardo é recriada num contexto imaginário, que remete a um vilarejo de Moçambique ou a uma cidadezinha do interior de Pernambuco. Zuzé é um curioso comerciante, vendedor de cuspes que se torna vendedor de moscas. Sua mulher Armantinha, cansada das idéias do marido, se encanta pelo forasteiro vendedor de “pintadas” de batons, Julbernardo. “Gaiola de Moscas” é um espetáculo que pulsa do começo ao fim, passeando por diferentes climas sugeridos pela música e pela narrativa. Sonoridade e música, executadas ao vivo, sustentam a movimentação dos performers que são “brincantes do conto” e instauram o clima vivenciado nos brinquedos populares. A encenação é uma síntese de universos. Cultura popular e contemporânea, cultura africana e brasileira atualizadas no momento da cena.
Local: Teatro Municipal / R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (estudantes, comerciários e idosos a partir de 65 anos).
22h - Fulano e Sicrano - Centro Teatral Etc e Tal (RJ)
Cenas escolhidas do cotidiano e impregnadas de uma linguagem particular, mesclando situações cômicas, gromelô, mímica e a imperdível pantomima literária (narração simultânea a ação em mímica). Os atores se revezam em diferentes fulanos e sicranos imprimindo na cena a precisão da linguagem gestual em sintonia com a comédia popular.
Local: Teatro do Sesc / R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (estudantes, comerciários e idosos a partir de 65 anos).
21h – Em Cena Ceará - Irremediável - Engenharia de Teatro (CE)
A temática do espetáculo gira em torno da Razão e Des-Razão da humanidade. Dois homens estão presos em um lugar que pode ser qualquer um ou nenhum, o tempo vivido pelos seres ficcionais pode ser um segundo apenas ou toda a eternidade, o texto não apresenta um conflito central, todas as cenas já denotam o conflito-tema: a irremedialidade da vida. A estética é claustrofóbica, no entanto toda a encenação é poética e apresenta vários momentos de leveza. A platéia é convidada à reflexão, ao sentimento e emoção.
Local: Teatro do Objetivo/ R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (estudantes, comerciários e idosos a partir de 65 anos).
23h - Banquete Dionisíaco
Ramiro Mussoto (Argentina/Bahia)
Poucos artistas têm conseguido unir a tradição e a modernidade como o fez Ramiro Musotto, percussionista e produtor argentino radicado no Brasil há mais de vinte anos. Musotto mostra que não existe antinomia entre universos aparentemente opostos, e mostra que os bits podem se juntar aos couros e criar algo de diferente. Assim, Ramiro não pára de misturar, revirar, inventar, recriar e renascer nesses universos.
Revirão
Jorge Mautner e Nelson Jacobina (SP)
O show apresenta o novo disco de Jorge Mautner, Revirão (2007), que traz na concepção e direção musical um time formado por Berna, Kassin, Nelson Jacobina e Domenico. No repertório, composições próprias e parcerias com Gilberto Gil, Nelson Jacobina e Ronald Pinheiro. Poeta, escritor, violinista, pianista, bandolinista, compositor, cineasta, cartunista, artista plástico e cantor. Isso é o que podemos dizer do versátil Jorge Mautner. Gênio das artes e chamado de mestre por Gilberto Gil e Caetano Veloso, Jorge lançou 14 discos ao longo de sua carreira. Com mais de 30 anos de estrada, é um dos compositores brasileiros mais gravados em vida.
Flor do Piqui (Cariri – CE)
O trio Flor do Piqui defende a mais autêntica maneira de se tocar e dançar o tradicional forró pé de serra. Herdeiros da memória musical dos Irmãos Aniceto, o trio mostra que o machucado dos ritmos embalados pelo zabumba, triangulo e sanfona é mais um dos tesouros do Cariri cearense.
Farra no Cariri – Guga de Castro (Fortaleza – CE)Local: Crato Tênis Clube / R$ 2,00 (preço único).
00h - Horário Maldito - O Porco Grupo Arquipélago (SP)
O original Strategie pour deux jambons, de Raymond Cousse, foi publicado em forma de romance em 1978. Em 1979, seu autor fez uma versão para o teatro encenada por ele próprio. O sucesso foi enorme em toda a Europa. Desde então, a peça vem sendo montada em vários países. O texto retrata um porco que relembra momentos de sua existência. Na reconstituição de sua trajetória, fala de seus antepassados, sua família, sua condição social e seus desejos. Não há metáforas. O que se ouve é o que se fala, ainda que prevaleça um jogo entre o que se expressa e o que se sente. Um jogo que se traduz em um passeio pelo “porão animal do homem a caminho do abate”.
Local: Cirquinho RFFSA - R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (estudantes, comerciários e idosos a partir de 65 anos).
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