sexta-feira, 3 de julho de 2009
Potencial da economia de Angola atrai empresas do CE
Angola se recupera de três décadas de uma sangrenta guerra civil. Em termos comerciais, o Ceará faz parte dessa reconstrução e já tem data marcada para oportunizar negócios por lá. Para fortalecer e ampliar as relações, a Ceará Trade Brasil vai levar produtos de 14 empresas cearenses, até agora, e uma pernambucana à 20ª Feita Internacional de Luanda (Filda), que acontece do dia 14 a 19 de julho na capital angolana, Luanda.
A Ceará Trade Brasil - única selecionada no Norte e Nordeste -, será a representante das 15 empresas nacionais no país africano de língua portuguesa com cerca de 17 milhões de habitante. É a primeira vez que o Estado participa do considerado maior evento comercial no país.
A expectativa da empresa cearense é de que as exportações para Angola cheguem à cifra média de R$ 800 mil por mês até o final do ano. “É o primeiro passo para levar os produtos cearenses para Angola. Ainda engatinha, mas o Estado está investindo lá. São 17 milhões de pessoas querendo consumir”, comenta Roberto Marinho, diretor da Ceará Trade Brasil.
A produção cearense já chega ao país africano, mas em proporções pequenas. A demanda angolana para o Ceará é maior para material de construção, alimentos e bebidas, além de cosméticos. “O evento é um passo para uma parceria certa. A gente já sabe que eles precisam. Eles já sabem que a gente leva. A expectativa é boa, mas demanda trabalho”, diz otimista.
Concorrência
O Ceará não é o único que vai compor Pavilhão Brasileiro na feira multissetorial. Junto com a representante do Estado, mais cerca de 49 empresas de todo o País montam a disputa pelo mercado de Angola. “Temos uma concorrência pesada só mesmo com São Paulo, que vence no quesito logístico. Mas nós temos os preços mais competitivos”, afirma o diretor.
A aposta de bons negócios também leva em consideração a proximidade com a Copa da África do Sul e a Copa seguinte que será no Brasil, com jogos em Fortaleza.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), ligado ao Governo Federal, coordena a participação nacional na Filda.
Um estudo de oportunidade foi desenvolvido pela agência, no qual foram identificadas boas possibilidades de negócio em Angola para produtos como frutas, carnes, peixes, aparelhos e instrumentos mecânicos, ferramentas eletromecânicas, máquinas para a industrialização de alimentos e bebidas, aparelhos para trabalhar pedra e minério, produtos de metais não-ferrosos, plásticos, produtos cerâmicos, vidros, embarcações, veículos automotores.
Jornal O Povo
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