sexta-feira, 1 de junho de 2012

Deputada defende que homofobia não vire crime




A deputada Dra. Silvana (PMDB) fez pronuncia- mento nesta quinta-feira, (31/05), na Assembleia Legislativa, para “repudiar” projeto de lei que tramita no Congresso Nacional que transforma homofobia em crime no Código Penal. Segundo ela, essa proposição, que tramita desde 2006, poderia enquadrar pastores evangélicos e padres por pregarem a palavra bíblica.

Silvana enfatizou que a Bíblia condena as práticas homossexuais, e quando pastores e padres apontam essa conduta como pecaminosa estão somente transmitindo o que pregam as Sagradas Escrituras.

“Eu sou representante do povo evangélico no Legislativo, e, portanto, não dissocio meus posicionamentos políticos de minha prática religiosa”, frisou a parlamentar. Para ela, o Código Penal não poderia ter citações à homofobia por infringir o direito de liberdade de expressão religiosa.

A deputada observou que como médica atende pacientes homossexuais e mantém com todos uma relação de respeito e cordialidade, sem fazer nenhuma distinção entre eles e seus demais clientes. Portanto, não admitia ser apontada como homofóbica por causa de suas posições religiosas, conforme salientou.

Dra. Silvana explicou que a senadora Marta Suplicy (PT-SP) tentou retirar do texto original o alcance a líderes religiosos. Porém, voltou atrás e o texto que está tramitando é o mesmo de 2006, que pode enquadrar pastores e padres em crime de prática homofóbica, se for aprovado o projeto. “Sou contra a homofobia, mas a favor da liberdade de expressão religiosa. Não se pode querer colocar na cadeia quem defende a Bíblia.”, acentuou.

Ela revelou ainda que os homossexuais têm livre acesso às igrejas evangélicas, só não podendo alcançar cargos na hierarquia eclesiástica, ou participar do coral nos grupos musicais.

Em aparte, o deputado Leonardo Pinheiro (PSD) disse que é de fundamental importância a discussão desse tema.”Eu acho que é um grande avanço da legislação criminalizar a homofobia, o preconceito. Entretanto, concordo que a lei não pode interferir na questão religiosa. Se o pastor condena a prática e coloca a questão como sendo um pecado, devemos respeitar essa posição religiosa”, disse o deputado.

da agência Assembleia

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