Mais
de 3 mil pessoas deverão participar no próximo domingo, dia 21, da 15ª Romaria
o Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, em Crato. O evento anual reúne
caravanas de cidades da região e outras partes do Estado, para reverenciar a
memória do beato José Lourenço e das vítimas do Caldeirão, além de fortalecer a
atuação dos movimentos sociais e das pastorais da Diocese. Este ano, o evento
comemora o Jubileu Diocesano.
O
evento será iniciado a partir das 7h30, com missa presidida pelo bispo
Diocesano Dom Fernando Panico, às 8 horas, além de contar com apresentações de
grupos de tradição. Distante cerca de 32 quilômetros da sede do Crato, todos os
anos os fiéis católicos e as pessoas interessadas em conhecer um pouco mais da
história do local, se deslocam pela estrada de terra até onde se estabeleceu
uma das experiências comunitárias mais exitosas já realizadas no Nordeste. As
vítimas do Caldeirão, conforme relatos históricos, mortas pelas milícias do
governo, nos anos 30, são lembradas com homenagens. O sítio fica entre os
distritos de Santa Fé e Dom Quintino.
Este
ano, tema central da reflexão será “Preservando a Vida e a Cultura nas
Comunidades”. O padre Vilecy Basílio Vidal, coordenador do evento, afirma que a
romaria fará parte do encerramento da semana do EcoCaldeirão, realizada de 15 a
21 de setembro, com palestras nas comunidades além de um amplo debate nas
escolas e meios de comunicação. Ele destaca que o evento, no domingo, será
iniciado com a acolhida dos romeiros.
Segundo
a Secretária de Cultura do Crato, Dane de Jade, o Caldeirão é uma das marcas
históricas do Ceará e do País. Ela ainda ressalta que, guardando as devidas
proporções, a experiência vivenciada no Caldeirão da Santa Cruz do Deserto se
assemelha ao que ocorreu em Canudos, liderados pelo beato Antônio Conselheiro.
“Um exemplo de trabalho e fé, na primeira ecovila do Brasil, onde o lema era:
‘aqui é de todos, e nada é de ninguém”, completa.
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