O candidato Camilo Santana (PT) não teme que um possível insucesso na reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) seja empecilho ao projeto dele para o Governo do Estado, por entender que terá um relacionamento institucional com o Governo Federal, qualquer que seja o governante, para garantir as condições necessárias ao desenvolvimento do Ceará. O petista participou, ontem, de um almoço com representantes da Associação dos Jovens Empresários do Estado, juntamente com o candidato ao Senado, Mauro Filho.
Durante o almoço, uma das filiadas perguntou ao candidato petista se a defesa de um projeto baseado intensamente no apoio do Governo Federal não seria arriscado se existe a possibilidade de derrota da presidente Dilma Rousseff na disputa deste ano. Camilo Santana respondeu ao ressaltar, primeiramente, que o Ceará historicamente sempre dependeu da União para a implantação dos projetos de grande porte.
"Se você for analisar historicamente o Ceará, todas as grandes obras foram com recursos federais. Castanhão, Complexo Portuário do Pecém, Metrô. Assim, nenhum Governo funciona sem ter a parceria com o Governo Federal, como também os municípios não funcionam sem ter a parceria dos Estados e da União", frisou o candidato.
Camilo Santana pontuou também que está muito esperançoso com a reeleição de Dilma Rousseff, mas alegou que, independentemente do resultado, lutará da mesma forma para garantir os recursos necessários para importantes obras do Estado. De acordo com o petista, ele irá procurar manter uma relação institucional que assegure uma relevante parceria entre a administração estadual e o Governo Federal.
Capacitação
"Eu estou muito esperançoso e acho que a Dilma ganha essa eleição, até pelo bem do Brasil e pelo bem do Ceará. Ninguém sabe e ninguém tem uma bola de cristal para prever o resultado das eleições. Mas independente (disso) vamos brigar da mesma forma para que a gente possa garantir os recursos e as obras que estão vindo para o Estado do Ceará. (?) Portanto, nós temos que manter uma relação institucional, mas se Deus quiser nós vamos garantir para que a gente continue nessa parceria importante com o Estado tão bem conduzida pelo governador Cid Gomes", esclareceu.
No encontro com os jovens empresários, Camilo Santana também ouviu reclamações de que, apesar do avanço conquistado pelas escolas profissionalizante no processo de capacitação da juventude, a maioria dos estudantes formados nas unidades instaladas no Interior ainda precisam vir até a Capital ou Região Metropolitana para conseguir um emprego por existir um déficit no número de empresas que atuam longe de Fortaleza.
O candidato disse, no entanto, que a atual gestão como também o programa de Governo dele têm ciência desse problema e se preocupam com a criação das políticas que incentivem mais geração de empregos no Interior, reduzindo a necessidade de jovens virem para a Capital. Na avaliação de Camilo Santana, além de obras estruturantes que planejam o desenvolvimento das áreas mais distantes de Fortaleza, ainda é praticado o incentivo fiscal.
Desconcentrar
"É por isso que nós temos que pensar na política de interiorização. Hoje, na política de incentivo fiscal do Estado, quanto mais distante a empresa estiver de Fortaleza maior incentivo ela tem. Isso é justamente para desconcentrar e evitar que as pessoas venham para cá. Na escola profissionalizante, a cada dez alunos, seis saem empregados" justificou.
Camilo também apresentou um panorama geral da atual situação econômica do Estado para defender como a administração estadual criou, nos últimos sete anos, um ambiente propício à geração de empregos e ao desenvolvimento do Ceará. O petista citou os benefícios que a Siderúrgica, Transnordestina e Refinaria trarão para o Estado.
Quanto à relação com os empresários, Camilo prometeu continuar o diálogo com os representantes da associação para ajudar o Ceará a se desenvolver.
Diário do Nordeste
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