A pouco mais de duas semanas da eleição, a vantagem da presidente Dilma
Rousseff (PT), candidata à reeleição, sobre a adversária do PSB, Marina Silva,
aumentou de três para sete pontos percentuais no 1.º turno, segundo pesquisa do
Datafolha divulgada ontem.
No Brasil, o índice de intenções de
voto na petista oscilou de 36% para 37% - a margem de erro é de 2 pontos para
mais ou para menos. Já a ex-ministra do Meio Ambiente caiu de 33% para 30%,
segundo o Datafolha. O candidato do PSDB oscilou de 15% para 17%.
Quando são levados em conta apenas as
entrevistas feitas no Nordeste, o índice de Dilma sobe. Na região a petista tem
49% das intenções de voto. Marina vem em segundo lugar, com 32%. Aécio Neves
tem 8% das intenções de voto dos Nordeste, segundo a pesquisa.
Brasil
Até o levantamento anterior, divulgado
no último dia 10 de setembro, Marina e Dilma apareciam em empate técnico em
âmbito nacional, considerando a margem de erro. Em um eventual segundo turno,
Marina e Dilma aparecem empatadas tecnicamente. A ex-ministra tem 46%, ante 44%
da atual presidente. Na pesquisa anterior, Marina tinha 47% e Dilma, 43%.
A diferença entre as duas numa eventual
segunda rodada, com vantagem para a presidenciável do PSB, chegou a dez pontos
percentuais no fim de agosto (50% para Marina e 40% para Dilma). Na pesquisa
seguinte, essa diferença diminuiu para sete pontos e depois caiu novamente para
quatro pontos.
No outro cenário de eventual segundo
turno avaliado pela pesquisa, a presidente ganharia de Aécio por 49% a 39%. No
levantamento anterior, a petista tinha os mesmos 49%, ante 38% do tucano. O
instituto simulou ainda uma disputa em segundo turno entre Marina e Aécio. A
candidata do PSB aparece com 49%, ante 35% do candidato tucano. A pesquisa
anterior apontava 54% a 30% para Marina.
Rejeição
Pela primeira vez, a taxa de rejeição
de Marina ficou acima da de Aécio Neves - o índice dos que dizem que não
votariam na ex-ministra de jeito nenhum é de 22%, ante 21% do tucano. A taxa de
rejeição de Dilma manteve-se em 33%.
Os candidatos Pastor Everaldo (PSC),
Luciana Genro (PSOL) e Eduardo Jorge (PV) aparecem na pesquisa com 1% de
intenção de votos cada. Não atingiram 1% José Maria (PSTU), Rui Costa Pimenta
(PCO), Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB) e Mauro Iasi (PCB). Votos em branco e
nulos somam 6%, a mesma taxa anterior, e os eleitores indecisos, 7%, índice
também estável.
Os eleitores também foram questionados
sobre a gestão Dilma Rousseff. A avaliação manteve-se estável em relação ao
levantamento anterior, com 37% de aprovação (os que consideram o governo
ótimo/bom).
Segundo o Datafolha, a taxa dos que
consideram o governo regular permaneceu em 38% e a dos que avaliam a gestão
como ruim/péssima ficou em 24%.
A pesquisa foi encomendada pelo jornal
Folha de S. Paulo e TV Globo. Foram ouvidos 5.340 eleitores em 265 municípios
entre 17 e 18 de setembro.
A margem de erro é de dois pontos
percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa
está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-00665/2014.
Marina
disse que não vai entrar em 'vale tudo'
São Paulo. A candidata do PSB à
Presidência, Marina Silva, afirmou que não está "preocupada" com sua
queda nas pesquisas e que não vai "entrar no jogo do vale tudo para ganhar
as eleições" do mês de outubro.
"Não estou preocupada (com a queda
nas pesquisas) porque, para mim, estamos dando uma contribuição cidadã",
disse Marina no ABC paulista. "Vamos continuar apresentando nossas
propostas e fazendo uma campanha limpa. Não queremos entrar no jogo de que vale
tudo para ganhar as eleições", completou. A candidata garantiu que não
usará mentiras e boatos.
Comemoração
petista
O comitê de Dilma Rousseff (PT), por
outro lado, comemorou os números. Com o resultado, coordenadores da campanha
petista querem ampliar a operação para "desconstruir" Marina,
explorando o que chamam de "dubiedades" e "fragilidades" da
concorrente.
Ontem, Dilma reagiu com irritação às
especulações das bolsas de valores dizendo que a variação do mercado em função
das pesquisas eleitorais é "ridícula". Para a presidente,
"especulação tem limite".
DN
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