Os
bancários do Ceará e de pelo menos três capitais no País decidiram encerrar a
greve iniciada no dia 30 de setembro. Em assembleia realizada ontem, na
Capital, a categoria aceitou o reajuste salarial de 8,5%, o que representa
aumento real de 2,02%, e piso salarial de 9% - ganho real de 2,5% frente a
inflação. Os índices foram propostos, na última sexta-feira, pela Federação
Nacional dos Bancos (Fenaban).
O retorno às atividades, que recomeçam hoje, contempla os
trabalhadores do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e dos bancos
privados. Entre os funcionários do Banco do Nordeste (BNB), entretanto, a
paralisação continua. Conforme o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará
(Seeb-CE), Carlos Eduardo Bezerra, ainda não há previsão para a próxima rodada
de negociações com o BNB. Na última sexta-feira, das 527 agências bancárias do
Estado, 352 - 66,79% do total - estavam com atividades paralisadas.
Conquistas
Além do reajuste salarial, também foram incluídos na Convenção
Coletiva compromissos dos bancos em relação a reivindicações diversas dos
trabalhadores, ligadas, por exemplo, ao fim de cobranças abusivas. Entre as
metas alcançadas, estão a possibilidade do adiantamento de 13º salário para os
funcionários afastados e campanhas contra o assédio sexual.
Além disso, conforme divulgou a Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), as bancárias demitidas que
comprovarem estarem grávidas no período do aviso prévio serão readmitidas
automaticamente.
Outra conquista destacada pelos trabalhadores, no site da
Contraf-CUT, foi a proibição da cobrança de metas não somente por SMS, mas
também por qualquer outro tipo de aparelho ou plataforma digital.
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