O ato de ingresso de Ciro Gomes no PDT, que acontece hoje à tarde em Brasília, marca novo tempo para sigla. A assinatura na ficha de filiação torna o partido “protagonista” dos pleitos de 2016 e 2018, segundo avaliação do presidente nacional Carlos Lupi. Ele reitera os planos da legenda de lançar candidatura própria à Presidência da República, cujo nome preferido para disputa é o do ex-governador do Ceará.
“A gente percebe ele com a expectativa de ter um protagonista no processo político eleitoral já em 2016, para consolidar a candidatura presidencial”, comemora Lupi. A filiação de Ciro Gomes, segundo ele, é um “momento de reencontro”, pois o PDT já havia apoiado sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2002.
A cerimônia contará com a presença de Cid Gomes, do presidente da Assembleia Legislativa Zezinho Albuquerque, prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio e presidente da Câmara Municipal Salmito Filho, todos ainda do Pros. Filiação do restante do grupo está marcada para acontecer somente dia 28 deste mês.
A migração fortalece o partido a nível nacional e estadual. André Figueiredo, presidente da legenda no Ceará, pondera que, apesar da composição maior e “mais eclética” no Estado, todos seguem os “princípios do PDT”.
Lupi rebate Heitor
Assim que o grupo dos Ferreira Gomes se filiar ao PDT, o deputado estadual Heitor Férrer (PDT-CE) vai oficializar entrada no PSB. “Ele se filia em um dia, e eu me filio em ato contínuo, no dia seguinte”, garante.
O parlamentar, em entrevista ao O POVO.dom do último domingo, afirmou que “o PDT virou um bom filé, para um bom predador”, referindo-se ao grupo, que, segundo ele, destrói as legendas por onde passa. Em resposta, Lupi declarou que “em todos os partidos que eles passaram não destruíram nada, só construíram”.
Para Lupi, a declaração de Heitor é “uma frase infeliz de um amigo que está numa fase de incompreensão, porque, com a vinda do grupo, o espaço dele acaba sendo diminuído” e finalizou: “Que ele (Heitor) passe, porque nós vamos continuar firmando o projeto de nação, e nessa roda da politica sempre vai existir o entra e sai”. Figueiredo, por sua vez, não quis comentar as falas do deputado, mas lamentou a saída iminente dele da legenda trabalhista.
Heitor respondeu, dizendo que o presidente fala isso “porque não mora no Ceará” e exemplifica com o caso do Pros, que, de acordo com ele, se transformará em um partido “inexistente” com a saída da comitiva.
Jornal O Povo
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