Policiais do município de Potengi, no sul do Estado, a 532 quilômetros de Fortaleza, "estouraram", na última quinta-feira, 12, uma fábrica clandestina de armas de caça. Segundo o cabo Bento Vieira, que participou da operação, uma quadrilha abastecia a Região do Cariri, além dos estados do Maranhão e Tocantins. Três homens foram presos em flagrante e dois outros conseguiram fugir. A Polícia acredita que o bando ainda tenha mais alguns integrantes, que seriam contatos fora do Ceará. Entre os materiais apreendidos estão 20 espingardas, 61 coronhas para espingardas de madeira, 61 canos e 77 ferrolhos (peça próxima ao gatilho). O inquérito policial foi instaurado na Delegacia Regional de Campos Sales.
A Polícia passou a acompanhar a movimentação da quadrilha há cerca de 30 dias, após denúncia anônima. Segundo o cabo Bento Vieira, os integrantes perceberam a presença policial e transferiram a fábrica de Potengi para o vizinho município de Araripe, cerca 8 quilômetros de distância. "Os dois locais nos quais a fábrica ficou instalada são de difícil acesso. Mesmo assim deu para a gente montar uma campana (vigilância) e conseguir identificar os integrantes da quadrilha. Foi uma pena os dois armeiros terem escapado, mas vamos atrás deles", comentou o policial.
Apesar da fuga dos armeiros, a Polícia conseguiu prender o homem apontado como responsável pela fábrica, o vigia e o mototaxista que transportava as armas. São eles, respectivamente: Francisco Bastos da Silva, Francisco Lourenço do Nascimento e Francisco Rafael Alves Barbosa. Em depoimento, os três alegaram que estariam no "local errado, na hora errada". A Polícia acredita que a caça de animais silvestres deverá diminuir na região, assim como em algumas localidades do Maranhão e do Tocantins.
Jornal O Povo
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