terça-feira, 13 de janeiro de 2009

CUIDE BEM DO SEU EMPREGO!

Passada a euforia das festas de fim de ano, a ressaca das contas negativas emerge. Para muitos brasileiros o Natal e o Ano-Novo, regados a décimos terceiros ludibriantes ofuscaram, um pouco, o tamanho da crise que assola a economia mundial. Um pouco, pois alguns comerciantes já testemunham a redução no volume de vendas em relação ao mesmo período de 2007. Outro fenômeno identificado é o aumento do número de pagamentos à vista em relação aos pagamentos à prazo, o que demonstra certa “precaução” por parte do consumidor quanto a necessidade de não adquirir novas dívidas, vincendas em 2009.

O ano novo trouxe consigo a grande dúvida: e agora, o quanto a crise vai nos afetar? A análise mais coerente parece ter mais fundamentação quando parte do panorama da economia Norte Americana, de onde surgiu a crise. Pátios repletos de carros novos, queda na produção e vendas de quase tudo, o maior número de demissões desde o fim da 2ª Guerra Mundial. O governo Americano tenta, desesperadamente, conter a redução do consumo e, consequentemente, as demissões, através da abertura de novas linhas de crédito, redução da taxa de juros, empréstimos de bilhões de dólares às empresas e, mais recentemente, a redução dos impostos dos contribuintes pessoa física. Ações como estas, estão sendo seguidas à risca pelo Brasil e no resto do mundo. Nosso governo, a exemplo da recente redução do I.P.I. dos automóveis, finalmente, resolve dividir o “bolo” com o cidadão comum. Pena que a fatia tenha vindo numa hora tão difícil e com data marcada pra acabar.

Com base nisso, o emprego parece ser bem precioso! Na recessão, a redução de custos passa necessariamente pelo “item” mão-de-obra, ou seja, as demissões. Caso isso venha a acontecer, porque essas coisas acontecem, deve-se estar preparado. Quero chamar atenção ao fato de que, não há garantias que as ações adotadas pelos governos surtirão o pleno efeito desejado e que, principalmente, é hora de empenho, individual e em equipe, para que a sua empresa, ou a empresa onde você trabalha, encontre novas soluções de sobrevivência à crise. Portanto, dentro das ações que nos cabem, é fundamental não contrair dívidas e dispor de algum dinheiro guardado, uma poupança, para enfrentar um indesejável, mas possível, período de “vacas-magras”.

Dimas de Castro e Silva Neto
Mestre em Gerenciamento da Construção
pela University of Birmingham
Professor do Curso de Engenharia Civil da UFC Cariri

Nenhum comentário: