O cratense Juarez Gonçalves Caçula, nascido no antigo Distrito do Lameiro, hoje zona urbana do Crato, é proprietário do armazém Caçula, conhecido popularmente como “ a bodega do Juarez”. Iniciou sua atividade comercial em 1958, na rua Santos Dumont, no centro da cidade cratense, juntamente com seu irmão Valdeny Gonçalves Caçula. Em 1959, a parceria foi desfeita e Juarez mudou-se para a rua Coronel Antonio Luiz, no bairro Pimenta, onde está até hoje.
No dia 1º de janeiro de 2009, uma animada festa tomou conta da bodega do Juarez: o estabelecimento completou 50 anos em funcionamento ininterrupto, sendo o mais antigo do bairro. A peripécia de Juarez já lhe rendeu algumas homenagens com direito à medalha de honra ao mérito. Repleto de amigos no bar, a festa começou bem cedo.
Juarez Gonçalves conta que, em seu estabelecimento comercial, com 30 metros quadrados, sempre fez questão de manter um estoque padrão de cereais, enlatados e bebidas quentes e frias. Lembra Juarez que seu armazém notabilizou-se como ponto de encontro de jovens e adultos que querem jogar conversa fora. “Já ouvi muitas histórias arrepiantes neste recinto que não é bom nem falar “ comenta ele.
Para Juarez o mais interessante da bodega é o aconchego dos amigos, e as variadas histórias. Casado com a senhora Iracy Nascimento, tiveram três filhos: Rejane Meire, Elizângela Gonçalves e Juarez Filho, o único que segue os passos do pai, sendo proprietário de um comércio no Crato. “Cheguei aqui no Pimenta, era tudo no barro, não tinha essas casas todas” lembra Juarez, dizendo que comprou a bodega de um primo, e fincou raízes e sua história, em um dos mais charmosos bairros do Crato. No Pimenta, e bem pertinho da bodega do Juarez, estão o Crato Tênis Clube e a URCA.
O senhor Cassiano Gonçalo Ferreira da Silva, 72 anos, residente no Sítio Coqueiro, em Crato, um dos mais antigos clientes do armazém Caçula, contou ao JC que a bodega do Juarez era a referência dos matutos do pé da Serra, que vinham negociar nas feiras livres do Crato. “Todos marcavam encontro ali”, lembrou seu Cassiano. Duda Alencar, hoje empresário, disse que quando era menino comprou muito bombom na bodega do Juarez. Duda conta também que os foliões dos grandes carnavais dos anos 60, no Crato Tênis Clube, se aqueciam em frente ao estabelecimento. O promotor de Justiça José de Deus Terceiro não perde uma semana sem que faça uma visita ao Juarez: “é um lugar simpático, onde somos bem recebidos”, diz José de Deus. “Uma bodega para todos os gostos, produtos e classes sociais”, define seu Juarez.
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