sábado, 13 de abril de 2013

ATÉ OS MEMBROS DO PIG SE VOLTAM CONTRA O HERÓI NEGRO DO BRASIL. JANIO INDAGA: E QUANDO ALGUÉM REAGIR AO DÉSPOTA BARBOSA?


ATÉ OS MEMBROS DO PIG SE VOLTAM CONTRA O HERÓI NEGRO DO BRASIL. JANIO INDAGA: E QUANDO ALGUÉM REAGIR AO DÉSPOTA BARBOSA?

Dias atrás, um artigo intitulado "Quem terá coragem de deter o presidente do STF?" alcançou ampla repercussão. Era uma resposta à agressão (mais uma) cometida por Joaquim Barbosa contra juízes, advogados e representantes do Poder Legislativo.
Na Folha de hoje (11/04), é Janio de Freitas quem levanta a mesma bandeira, ao dizer que, em breve, algum dos agredidos acabará se levantando contra o agressor. Até porque, diz ele, "quem quer viver em democracia tem o dever de repelir toda manifestação de autoritarismo, arbitrariedade e prepotência", mesmo quando ela parte do presidente do Supremo Tribunal Federal. Leia abaixo:
JANIO DE FREITAS
O risco do avanço
O que pode suceder quando um alvejado por agressões orais do presidente do Supremo reagir à altura?
O risco é grande e, pior ainda, crescente. O que pode suceder quando um alvejado por agressões orais do presidente do Supremo Tribunal Federal usar o direito de reagir à altura, como é provável que acabe acontecendo? Em qualquer caso, estará criado um embaraço extremo. Não se está distante nem da possibilidade de uma crise com ingredientes institucionais, caso o ministro Joaquim Barbosa progrida nas investidas desmoralizantes que atingem o Congresso e os magistrados.
O fundo de moralismo ao gosto da classe média assegura às exorbitâncias conceituais e verbais do ministro a tolerância, nos meios de comunicação, do tipo "ele diz a coisa certa do modo errado" o que é um modo moralmente errado de tratar a coisa errada. Não é novidade como método, nem como lugar onde é aplicado.
Nem por isso o sentido dos atos é mudado. "Só se dirija a mim se eu pedir!" é uma frase possível nas delegacias de polícia. Dita a um representante eleito da magistratura, no Supremo Tribunal Federal, por seu presidente, é, no mínimo, uma manifestação despótica, sugestiva de sentimento ou pretensão idem. Se, tal como suas similares anteriores, levou apenas a mais uma nota insossa dos alvejados, não faz esperar que seja assim em reedições futuras desses incidentes.
Afinal, quem quer viver em democracia tem o dever de repelir toda manifestação de autoritarismo, arbitrariedade e prepotência. É o único dever que o Estado de Direito cobra e dele não abrem mão.

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