sexta-feira, 12 de abril de 2013

CPI DA ESPIONAGEM


O caso de espionagem apresentado pelo deputado federal Eudes Xavier (PT) no último dia 4 tende a ganhar nova dimensão na Assembleia Legislativa nos próximos dias. Deputados que estão em lados diferentes no caso defenderam ontem a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias. Mesmo com ambos tendo a mesma ideia, houve bate-boca.

O primeiro a sugerir a criação da CPI foi Osmar Baquit (PSD), no momento em que se discutia o requerimento para convidar Eudes a dar esclarecimentos. Ele integra a base aliada do governador Cid Gomes (PSB). O deputado argumentou que a Assembleia deveria ir além e criar a CPI para convocar e investigar todos os envolvidos. Ele citou principalmente a ex-prefeita Luizianne Lins (PT) e as ex-titulares da Secretaria Executiva Regional (SER) do Centro, Luiza Perdigão e Luciana Castelo Branco.

Fernanda Pessoa (PR) se antecipou e começou a colher assinaturas para a criação de CPI para investigar “possíveis atos de espionagem promovidos por autoridades estaduais”. A parlamentar é filha do ex-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (PR), que, de acordo com a denúncia de Eudes, estaria sendo espionado por ordem de Cid e do ex-ministro Ciro Gomes (PSB).

De início, assinaram a proposta os deputados Antônio Carlos (PT) e Eliane Novais (PSB), que fazem oposição a Cid. São necessárias 12 assinaturas para que a comissão seja criada.

Baquit se recusou a assinar, disse que apresentaria outro pedido de CPI e classificou a atitude de Fernanda como “oportunismo barato”. “O senhor assina se quiser”, rebateu a deputada. Pela tradição, quem propõe a CPI tem prerrogativa de relatar.
fonte: jornal O Povo 

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