Os principais candidatos à presidência respaldaram nessa terça-feira a proposta de reforma política apresentada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) durante o debate televisivo promovido pelo Episcopado.
O documento, fundamentado em quatro pontos, foi entregue a oito dos 11 candidatos presidenciais antes do debate realizado no Santuário Nacional de Nossa Senhora de Aparecida, na cidade de Aparecida, a 167 km de São Paulo.
O candidato do PSDB, Aécio Neves, declarou que "a reforma política é a mãe de todas as reformas" e defendeu especialmente "o fim de reeleição" e "um mandato de cinco anos para todos os cargos".
Aécio também destacou a lei da Ficha Limpa, que foi impulsionada pela Igreja Católica.
As favoritas para as eleições de 5 de outubro, a atual presidente Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), tecnicamente empatadas segundo as enquetes para o quase certo segundo turno do dia 26 do mesmo mês, se somaram ao apoio à proposta.
Marina considerou "fundamental que todas as candidaturas apresentem um programa de governo", em uma clara indireta à falta de uma proposta formal de Dilma e Aécio, para poder incluir temas como a "reforma política".
"Vamos considerar o conjunto das propostas da CNBB para o debate", afirmou Marina, lembrando que o tema da reforma ganhou força na onda de manifestações que tomaram as ruas do país em junho do ano passado.
Por sua parte, Dilma indicou que "qualquer tipo de reforma política" deve passar por um "plebiscito, por consulta popular".
"Estou de acordo com os quatro pontos: fim do financiamento privado das campanhas, participação proporcional das mulheres, o voto em segundo turno de listas partidárias e o fim de coalizões. O Brasil precisa muito dessa reforma", ressaltou a atual presidente.
O segundo debate promovido pela CNBB convocou os candidatos dos oito partidos que têm representação no Congresso, entre eles o pastor evangélico Everaldo Pereira, quarto colocado nas intenções de voto com 1% de apoio nas últimas enquetes.
Do debate também participaram dois declarados defensores do aborto, da descriminalização da maconha e do casamento gay: Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL).
O debate também contou com a participação de Levy Fidélix (PRTB) e José Maria Eymael (PSDC), declarados defensores das posições da Igreja.
Terra, com agência EFE
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