W. Gabriel
wgabriel@wgabriel.net
Mestre em Marketing, professor e consultor de marketing em mídias digitais
Não é raro vermos aquisições bilionárias de aplicativos e redes sociais. Quando pensávamos que ninguém desse mercado superaria os U$ 22 bilhões pelos quais o WhatsApp foi vendido, surge a Microsoft com a compra do LinkedIn por U$ 26,2 bilhões. Qual o segredo para plataformas que praticamente nasceram em quartos de faculdade valerem tanto?
Em todas as minhas consultorias e nos MBAs em que dou aula, seja no Brasil, seja no Exterior, frequentemente me abordam com a mesma pergunta: é possível seguir uma receita de sucesso na internet? Sim! A diferença é que os ingredientes são raros, e a mistura mais abstrusa ainda. Dos que toparam esse desafio, alguns hoje despontam como novos ricos digitais.
Uma das primeiras características que se repete entre eles é não terem inicialmente foco em faturamento, mas, sim, em volume de pessoas impactadas. O WhatsApp, por exemplo, é um dos três apps mais usados do mundo, porém com receita irrisória diante do montante pelo qual foi comprado. Já o Spotify se vangloria por seus 100 milhões de usuários mensais, mesmo com lucros longe de sucesso. É o caso também do Snapchat, rede social em franco crescimento no mundo e uma das cinco empresas de capital fechado mais valiosas do planeta, apesar dos lucros nada explosivos.
Outro perfil comum é resolverem problemas usando a inteligência coletiva. Dão a cada indivíduo o poder de ser dono do próprio negócio, deixando que a população promova a fiscalização da qualidade. Indiretamente, fazem os próprios consumidores trabalharem para a melhoria da empresa. É assim com Uber e Airbnb, que lideram mundialmente seus setores, em valor de mercado, mesmo sem terem táxis ou quartos próprios. Seu poder está na autonomia dada às massas.
Com a constante visão de escalar o consumo, tais brilhantes empresas conseguem números incríveis. Tem como premissa acumular quantidade de usuários ativos e volume de uso. Foi assim que o Twitter hoje se tornou o mais novo assediado comercialmente, com Google, Apple e outros gigantes na disputa para comprá-lo.
Se quer atingir o sucesso on-line, modele quem realmente já alcançou grandes resultados e está disposto a falar. Entretanto, concentre-se para encontrar o problema da população que você resolverá. Busque estratégias para escalar o consumo usando a força da própria população via internet e esteja também sempre atento a parcerias. Se agora você sabe que esses ingredientes não caem das árvores, deixo aqui minha sugestão: plante cedo para colhê-los ainda no pé!- Jornal O Povo
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