terça-feira, 5 de julho de 2016

Lei não deve retroceder para permitir uso do Pau da Arara

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Comissão de Romarias de Juazeiro do Norte e Canindé cumprem mais uma roda de conversa com o objetivo de encontrar soluções para a situação dos transportes utilizados nas peregrinações dos romeiros durante as festas religiosas nas cidades. 

De acordo com as instituições, enquanto o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) não se posiciona se vai ou não permitir a circulação, a título precário, de transportes característicos da tradição religiosa, é preciso tomar algumas iniciativas a Òm de evitar problemas com apreensões dos caminhões, como ocorreu no ano passado. 

Ao todo, 18 agentes dos setores da Educação e da Comunicação da PRF, de nove estados nordestinos, participaram da reunião. Segundo eles, as chances de o Projeto de Resolução, enviado pela Comissão de Romarias, pedindo autorização para a circulação dos veículos característicos da tradição religiosa, mesmo a título precário, são bem pequenas. “É muito difícil que a legislação retroaja para permitir isso, por vários fatores. Entre eles, porque coloca em risco a vida dos passageiros, o que é mais preservado em todas as leis”, pontua o policial rodoviário Vasconcelos. 

Para a presidente do setor de Educação da PRF, Taíse Aguiar, a tradicional peregrinação das romarias, quando se iniciou, não oferecia tanto risco à vida dos passageiros porque as estradas eram carroçais e a própria velocidade dos veículos era baixa, no máximo 40 km/h. “Agora, as vias são asfaltadas e a velocidade é bem mais alta, entre 60 e 80 km/h, o que expõe os romeiros ao perigo de acidente fatal, pela ausência de segurança dos veículos, principalmente os paus de arara.” Ela completa dizendo que a lei continua proibindo e, então, a Òscalização vai permanecer nesses caminhões. Uma sugestão apontada pelos agentes rodoviários seria a troca do caminhão pau de arara por ônibus e vans, liberados para circulação de passageiros, mesmo sem pertencer a empresas de turismo. 

- Jornal do Cariri 

Nenhum comentário: