A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Comissão de
Romarias de Juazeiro do Norte e Canindé cumprem
mais uma roda de conversa com o objetivo de
encontrar soluções para a situação dos transportes
utilizados nas peregrinações dos romeiros durante as
festas religiosas nas cidades.
De acordo com as
instituições, enquanto o Conselho Nacional de Trânsito
(Contran) não se posiciona se vai ou não permitir a
circulação, a título precário, de transportes
característicos da tradição religiosa, é preciso tomar
algumas iniciativas a Òm de evitar problemas com
apreensões dos caminhões, como ocorreu no ano
passado.
Ao todo, 18 agentes dos setores da Educação e da
Comunicação da PRF, de nove estados nordestinos, participaram da reunião. Segundo eles, as
chances de o Projeto de Resolução, enviado pela Comissão de Romarias, pedindo autorização
para a circulação dos veículos característicos da tradição religiosa, mesmo a título precário, são
bem pequenas. “É muito difícil que a legislação retroaja para permitir isso, por vários fatores.
Entre eles, porque coloca em risco a vida dos passageiros, o que é mais preservado em todas as
leis”, pontua o policial rodoviário Vasconcelos.
Para a presidente do setor de Educação da PRF, Taíse Aguiar, a tradicional peregrinação das
romarias, quando se iniciou, não oferecia tanto risco à vida dos passageiros porque as estradas
eram carroçais e a própria velocidade dos veículos era baixa, no máximo 40 km/h. “Agora, as vias
são asfaltadas e a velocidade é bem mais alta, entre 60 e 80 km/h, o que expõe os romeiros ao
perigo de acidente fatal, pela ausência de segurança dos veículos, principalmente os paus de
arara.” Ela completa dizendo que a lei continua proibindo e, então, a Òscalização vai permanecer
nesses caminhões.
Uma sugestão apontada pelos agentes rodoviários seria a troca do caminhão pau de arara por
ônibus e vans, liberados para circulação de passageiros, mesmo sem pertencer a empresas de
turismo.
- Jornal do Cariri
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