Na manhã desta sexta-feira (8), o presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Robson Andrade, após reunião com o presidente ilegítimo Michel Temer, sugeriu que o Brasil aumente a jornada de trabalho de 44 para 80 semanais.
“No Brasil, temos 44 horas de trabalho semanal e as centrais sindicais tentam passar esse número para 40. A França, que tem 36 passou, para a possibilidade de até 80 horas de trabalho semanal e até 12 horas diárias de trabalho”, afirmou Andrade.
Julio Turra, diretor Executivo da CUT, condenou as declarações do dirigente da entidade. “A proposta da CNI escancara a natureza de classe do golpe em curso no Brasil. As declarações de Andrade demonstram claramente que o alvo do golpe é a classe trabalhadora.”
Turra lembrou que ao invocar o exemplo francês, Andrade esquece que a França está “sacudida há três meses por uma greve que envolve todos os setores da classe trabalhadora, que tem por objetivo justamente derrubar propostas como as que a CNI apresenta agora”, explicou o dirigente cutista.
Turra lembrou que ao invocar o exemplo francês, Andrade esquece que a França está “sacudida há três meses por uma greve que envolve todos os setores da classe trabalhadora, que tem por objetivo justamente derrubar propostas como as que a CNI apresenta agora”, explicou o dirigente cutista.
Durante a reunião, que contou com a presença de outros 100 empresários, Andrade explicou que o aumento da jornada teria a função de “retomar a competitividade da indústria”. “É bom lembrar que partiu da CNI a iniciativa de editar uma cartilha com 101 formas de flexibilização dos direitos trabalhistas. Agora querem se aproveitar de um governo a serviço do capital para passar o rolo compressor nos direitos da classe trabalhadora. Exatamente por isso, a CUT está consultando suas bases para uma possível greve geral”, encerra Turra.
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