segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

BREJO SANTO: JUSTIÇA BLOQUEIA BENS DE PREFEITO

O juiz da 2ª Vara da Comarca de Brejo Santo, Daniel Carneiro, bloqueou os bens do prefeito do Município, Arônio Lucena (PSDB), as contas da Prefeitura correspondentes ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público Estadual que tem por base relatórios do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). As investigações apontam irregularidades na administração de Arônio que, ao conversar com a reportagem do Jornal do Cariri, acusou o seu adversário deputado estadual Welington Landim (PSB) de arquitetar manobras para bloquear os recursos e impedir que a Prefeitura honre compromissos com servidores e fornecedores.

A promotora Larissa Bacellar solicitou ainda o afastamento do prefeito, mas o juiz não acatou a solicitação. O juiz Daniel Carneiro contrariou o pedido de ação cautelar do MPE, já que, seu despacho, argumenta que Arônio Lucena não está dificultando ou ocultando a investigação.

O bloqueio de recursos correspondente a R$ 4,3 milhões e a medida tem prazo de 30 dias. Arônio disse ter recorrido dessa medida. O relatório do TCM destacou compra irregular de combustível, uso de veículos deteriorados, recibos assinados em branco e diferença entre o número de servidores e o valor total da folha de pagamento. Na sentença, o juiz determinou uma série de procedimentos que deverão ser cumpridos no prazo de cinco dias.

Para o prefeito Arônio Lucena, toda ação contra sua gestão é uma perseguição política feita pelo deputado estadual Welington Landim. Arônio alegou que o bloqueio não procede, já que nunca foi notificado pelo TCM sobre qualquer irregularidade em sua administração, e acrescentou que, ao conseguir o desbloqueio, deixará a Prefeitura de Brejo Santo sem restos a pagar para o próximo gestor, Guilherme Landim (PSB), filho de Welington.

Arônio acusou Wellington Landim de estar orquestrando uma perseguição. "Ele quer ficar com o dinheiro do dia 20 e 30, e impedir que a gente feche o caixa da Prefeitura", disse. Para o prefeito de Brejo Santo os problemas apontados pelo TCM já foram sanados, e eram contábeis, e não de desvio de recursos.

Welington Landim negou as acusações. Disse que em nenhum momento fez qualquer pedido que pudesse prejudicar a cidade ou o prefeito. “Quem fez a apuração foi o TCM e o Ministério Público, instituições de controle social, isso não partiu da gente”, explicou Landim ,dizendo que entendia a acusação

Jornal do Cariri

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