Um ponto de encontro para novos e velhos amigos, casais, profissionais liberais, desocupados, fofoqueiros, transeuntes ocasionais, e gente de todos os lados. Assim, pode ser definido o Café Crato, na Praça Siqueira Campos, no coração da terra de Bárbara de Alencar.
Fundado em 1955 como café líder na Praça Siqueira Campos, onde está até hoje, pelo empresário Orestes Costa, já falecido, o café se notabilizou como ponto de encontro da sociedade, atraindo pessoas de todas as classes sociais, por oferecer um cafezinho de qualidade e com o mesmo sabor de 53 anos atrás.
Localizado num espaço de apenas 50 metros quadrados , Orestes Costa ficou 25 anos à frente do negócio para, em seguida, vendê-lo à uma família de Brejo Santo que, em 1984, negociou o estabelecimento para o casal Juciê Souza Floro e Francineide Gomes Vieira. Eles contam que o Café Crato já faz parte do patrimônio sócio-cultural da cidade por ser um local de bate-papo entre médicos, jornalistas, advogados, políticos, professores, empresários, comerciantes e comerciários. Lembra Juciê a passagem do ex-governador do Ceará Gonzaga Mota como uma das personalidades que passaram pelo Café Crato.
Dona Francineide diz que o sabor padronizado e inigualável do cafezinho é o segredo para manter a clientela e uma tradição de 53 anos de bons serviços. O advogado Francisco Brito, freqüentador desde menino, lembra que seu pai sempre dizia que o dia só começava depois de uma xícara do cafezinho líder passado na hora.
Lugar de muitas conversas, o cafezinho é servido entre um bate-papo e outro. Rola todo tipo de assunto nas mesas, ou mesmo em pé, no balcão. Enquanto a conversa gira no pequeno salão, o cheiro agradável toma conta de todos. É hora de mais um cafezinho.
Jornal do Cariri
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