As cúpulas do PSDB e do DEM em Brasília já começaram a discutir a aliança eleitoral que os dois partidos farão no Nordeste. Está quase certo que tucanos e democratas se coligarão para apoiar a candidatura do governador José Serra e de um candidato único ao Governo do Ceará. Assim, o senador Tasso Jereissati e o ex-deputado Moroni Torgan estarão na mesma chapa majoritária. Tasso concorreria ao Governo e Moroni ao Senado, com a outra vaga ficando para a senadora Patrícia Sabóia. Ou a senadora Patrícia Sabóia disputaria o Governo e Moroni e Tasso seriam os candidatos ao Senado. Enquanto essas definições não acontecem, o PSDB e o DEM definiram que querem disputar as eleições no Ceará com chances de vitória. Leia mais sobre esse assunto em matéria do jornal Correio Brasiliense:
Conta de chegada
Por Denise Rothenburg
Com Guilherme Queiroz
deniserothenburg.df@diariosassociados.com.br
Em 1998, o presidente do então PFL, Jorge Bornhausen, chegou irado certa vez ao gabinete de Fernando Henrique Cardoso, candidato na época à reeleição do Palácio do Planalto. Nas mãos, um mapa com as alianças do PSDB e do PFL em todos os estados mostrando que as duas legendas estariam distantes nos palanques estaduais e na campanha pela reeleição. Dez anos se passaram e, escaldados, os partidos — o PFL sob novo nome, Democratas — trabalham desde já as composições estaduais, em especial no Nordeste. “A meta é termos 40% dos votos da região, principalmente na Bahia, em Pernambuco e no Ceará. Antes, tentamos fazer isso às vésperas da eleição e não fomos bem-sucedidos”, avalia o presidente tucano, senador Sérgio Guerra (PE).
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Para consolidar essa relação, a ordem é pôr um fim às escapadas do PSDB com o PT. O recado já foi dado na Bahia e em Sergipe, onde o caciques regionais se insinuam para os governadores petistas. Completam a lista de preocupações o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul, estados em que democratas e tucanos perderam as eleições municipais.
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