O Crato nestas eleições de 2010 deu alguns recados para seu principal gestor, o prefeito Samuel Araripe. Os recados podem ser entendidos, interpretados, ou simplesmente deixados de lado. Mas que os recados foram dados, isso não há dúvidas.
No primeiro turno os recados foram bem fortes. Samuel Araripe não conseguiu emplacar nenhum candidato de sua lista. A eleição de Arnon Bezerra foi obra do próprio Arnon, aliás, um político que em cada eleição cresce com luz própria.
Para deputado estadual Samuel Araripe traiu Ely Aguiar. Liberou sua base política para fazer o acordo que quisesse. Resultado, apoiaram tudo, e pouquíssimos, ou quase ninguém apoiou Ely.
O povo de Santa Fé foi muito claro. Colocou uma faixa dizendo que político não entrava lá. Samuel não entrou.
Ao final do primeiro turno, Samuel se tornou órfão. Tasso Jereissati perdeu a eleição. E com ele, Marcos Cals e Serra, no segundo turno é preciso lembrar que Samuel prometeu aos dirigentes do PSDB vencer no Crato. Dilma teve 77% dos votos no Crato. Outra derrota de Samuel.
E para completar caiu a máscara. Nas eleições de 2006 Samuel traiu Fabíola Alencar. Deu corda para ela ser candidata e na hora H liberou a base. Fez corpo mole em 2006 com a candidatura de Lúcio. Que perdeu no Crato.
Em 2010 fez a mesma coisa. Fez corpo mole em toda a eleição. Quando quis trabalhar já não tinha mais força ou espaço. As esquerdas venceram a eleição na cidade que representava até um dia desses o “modelo ‘ de gestão tucana no Ceará. Imagine o que não for modelo.
Ao estar acostumado a fazer corpo mole Samuel não imaginou que perderia tudo. E perdeu. Com seus candidatos fora do páreo a situação de Samuel se complica na conjuntura política local. Mas isso é tema para outra análise.
O que importa agora é que Samuel está órfão e é culpado direto pela orfandade que ele mesmo cavou nestas eleições.
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