O titular da 1ª Vara da Comarca de Iguatu, juiz José Batista de Andrade, negou o pedido da defesa do ex-capitão da Polícia Militar, Daniel Gomes Bezerra, acusado de matar os irmãos Leonardo e Marcelo Moreno Teixeira, para que fosse realizada nova perícia na camisa usada pelo réu no dia do crime. O duplo homicídio qualificado ocorreu em 2007, no município de Iguatu, distante 384 Km de Fortaleza.
O magistrado negou a primeira solicitação, ressaltando que ela já havia sido enfrentada por dois Juízos “e ambos entenderam pela sua prescindibilidade”. O juiz, no entanto, deferiu o segundo requerimento dos advogados: o retorno da vestimenta aos autos.
Na mesma decisão, publicada no Diário da Justiça Eletrônico da última sexta-feira (19/11), o juiz José Batista de Andrade também negou o pedido da defesa para a reconstituição do crime. “Considerando a ação deletéria do tempo sobre a memória dos fatos, que datam de quase quatro anos, entendo não ser razoável o acolhimento do pleito”. O magistrado ordenou ainda a redução do número de testemunhas de defesa, de oito para, no máximo, cinco.
A partir da data da publicação da decisão, a defesa tem cinco dias para apresentar a nova lista de testemunhas. O julgamento do réu deverá ocorrer na segunda quinzena de dezembro, caso os advogados não apresentem nenhum outro recurso.
O CRIME
As mortes ocorreram em uma churrascaria localizada na avenida Perimetral, em Iguatu. Segundo o Ministério Público, o crime teria ocorrido após uma discussão envolvendo o ex-militar e os irmãos.
Daniel Bezerra foi preso e pronunciado por duplo homicídio qualificado, cometido por motivo fútil. Ainda de acordo com os autos, o acusado cometeu o crime “porque uma das vítimas estaria urinando próximo ao carro dele, no estacionamento da churrascaria”. O réu alegou legítima defesa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário